sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Correios, bancos, pagamentos, Saramago e o Padre Nosso

Organismos de defesa do consumidor, fornecedores de produtos e serviços com algo a receber, estão firmes num ponto:

Mesmo com as greves dos Correios e agora dos bancos, o cidadão TEM que pagar suas contas.

Nas lotéricas, internet, pessoalmente, se vire, “Seu” José. Se campe, D. Maria.
Ou, depois, pague juros, mora, correções, taxas, o escambau, pelo atraso, além de correrem o risco de terem seus nomes inscritos como pústulas financeiras num desses criminosos "sistemas de proteção ao crédito".

Ricardo Morishita, diretor do Departamento de Defesa do Consumidor do Ministério da Justiça, procura acalmar os estupefatos consumidores.

Deu no Bom Dia Brasil , hoje, 25-12- 09, declaração de Morisihita:
“Se os consumidores foram prejudicados, se tiveram danos, entrem em contato com os próprios Correios ou apresentem as suas demandas nos órgãos de defesa do consumidor. Se forem danos morais, busquem a Justiça”.(!)

Simples assim.
Quá, quá, quá.
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A confusa situação, de alguma forma, remete ao Padre Nosso, como narrado pelo grande José Saramago, no A Viagem do Elefante*.

“.. e lá foi, rezando...um interminável padre-nosso, oração da sua especial estima por aquilo que nela se diz de perdoar as nossas dívidas...O mal...vem logo na frase seguinte, quando se diz que é obrigação nossa de cristãos perdoar aos nossos devedores...se uns perdoam e outros não pagam o que devem, onde está o benefício do negócio, perguntava-se
[o boieiro].
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Entendeu, "Seu" Zé?
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*VIAGEM DO ELEFANTE, A – Conto - José Saramago - Companhia das Letras

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