quarta-feira, 30 de maio de 2007

Avon Tomorrow, Avon Today, Avon Always

Referência mundial no sistema de vendas porta em porta, a Avon acaba de levar um sabonete da Justiça Trabalhista com o reconhecimento de vínculo empregatício de uma revendedora de produtos da empresa.

Agora, dentro da Avon, palavras como Surreal, Extraordinary, Surrender e Retrospect não mais irão lembrar apenas perfumes produzidos pela indústria.

Sinta a surpreendente fragrância do acontecimento no frescor da nota abaixo, extraída integralmente do saite Revista Consultor Jurídico.

“Mais que revenda
Revendedora da Avon tem vínculo de emprego reconhecido

Uma revendedora de produtos da Avon, que também atuava como “líder” - responsável por reunir vendedoras, incentivar compras, receber reclamações e administrar o processo destinado a fazer com que os produtos chegassem ao cliente - conseguiu na Justiça do Trabalho o reconhecimento de vínculo empregatício. A decisão é da Seção Especializada em Dissídios Individuais 1, do Tribunal Superior do Trabalho.

O relator do processo, ministro Aloysio Corrêa da Veiga, destacou em seu voto que a matéria foi examinada pelo Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região, São Paulo, com base na prova de que a empregada era um verdadeiro instrumento de ação da Avon.
A autora da ação, de 42 anos, disse que foi admitida em setembro de 1986 pela Avon para atuar como revendedora, recebendo uma média de comissões de R$ 120 por mês. Disse que em 1994 foi promovida a “Líder 8”, recebendo salário, gratificações e prêmios, totalizando renda mensal em torno de R$ 1,8 mil.

Ela contou que, na função de líder, atuava como uma espécie de secretária da promotora de vendas. Era responsável por recrutar novas vendedoras, reativar vendedoras que estavam paradas, fazer entrega das caixas dos produtos, controlar a entrega de brindes, cobrar inadimplentes, atender as revendedoras e fornecer treinamento.

Em março de 1997, foi dispensada sem justa causa e, em outubro, ajuizou reclamação trabalhista. Solicitou o reconhecimento de vínculo de emprego e o pagamento das verbas pela rescisão do contrato de trabalho.
A Avon contestou a ação. Alegou que a autora apenas adquiria produtos para revenda, desenvolvendo atividade autônoma. Disse que foi excluída da lista de revendedoras por ter ficado inadimplente, não pagando faturas dos produtos que lhe foram entregues. Por fim, argumentou que o “absurdo e lotérico” salário alegado nunca existiu, bem como nunca foi contratada pela empresa para atuar como líder.

A decisão foi favorável à vendedora. A Avon recorreu ao TRT-SP. Insistiu na inexistência de vinculo empregatício. Disse que se a empresa a dispensou de ser revendedora, logicamente não iria querer seu trabalho como líder. Os argumentos não foram aceitos.

A empresa recorreu ao TST. A decisão foi mantida pela Turma e confirmada pela SDI-1. Segundo o voto do ministro Aloysio da Veiga, “na história da inserção feminina no mercado de trabalho sobreleva ressaltar a existência das empresas que buscaram incluir o trabalho da mulher na atividade comercial que decorre de venda direta realizada no ambiente familiar, sem que se deixe ao largo as tarefas do lar”.

Ele acrescentou também que “é por demais sabido que atividades como revenda de produtos da Avon possibilitam às vendedoras a liberdade que o emprego formal não proporciona, retratando, pela própria natureza do serviço autônomo, que não estão presentes requisitos essenciais à caracterização de emprego. “Todavia, no caso dos autos, ficou demonstrada a subordinação que extrapolava a mera relação de revendedora”, finalizou o relator.
E-RR-50.999/2002-900-02-00.0”
Fonte: Revista Consultor Jurídico - 30 de maio de 2007

domingo, 27 de maio de 2007

Brado de Renan Calheiros poderá ser útil a Xuxa

Em junho, o grupo teatral paulista Óbvios vai prestar um ilariê a Xuxa. A "rainha dos baixinhos" será lembrada em "Humor Eterno Amor", uma das esquetes do grupo para o próximo mês.
O título é uma referência à pornochanchada "Amor Estranho Amor", estrelado por Xuxa Meneghel em 1982. O filme tem exibição proibida por ação judicial movida pela loura.

Há quem considere que, na primeira esquetada do Óbvios com o "Humor Eterno Amor", Xuxa repetirá o já histórico brado retumbante de Renan Calheiros:
"É intolerável que de uma turbulência circunscrita à minha mais íntima privacidade se queira extrair ilações desarrazoadas e conclusões perversas".

É rija a vida de quem vive a fazer arte.

sábado, 26 de maio de 2007

Baixa temperatura coloca emprego em risco

Foi ontem. Temperatura de 17 graus em Vitória é coisa muito rara.
Assim, não sei porque, estranharam quando amigo meu foi trabalhar impecávelmente trajado como pinguim.
Não um pinguim qualqur, tipo simples, mas pinguim-imperador, o nobre Aptenodytes forsteri.

O pessoal dos Recursos Humanos da empresa disse a ele que, quanto à fantasia, "passava", mas pediu que o bom homem saísse de cima da geladeira.
Não adiantou o trabalhador argumentar que, tal qual Renan Calheiros, estava apenas buscando um local adequado à frieza ambiental que sentia.

Bem. Meu amigo desceu da geladeira e ainda está no emprego.
Mas aceita propostas para nova colocação - um ministério serve - em nardobuzun@gmail.com
O e-mail do Renan Calheiros? Você quer isso?
É este aqui.

Coisas frias.

Estranhos poderes

Se o Executivo, o Legislativo e o Judiciário estão contra as ações da Polícia Federal na Operação Navalha, pra mim, é sinal que a PF está fazendo a coisa certa.

sexta-feira, 25 de maio de 2007

Apoio à navalhada da Polícia Federal

Primoroso, pertinente e oportuníssimo o Editorial da edição online de hoje do Congresso em Foco.
Em certo trecho, o apoio do saite à Políca Federal:
"Por tudo isso, este site manifesta apoio ao trabalho desenvolvido pela PF na Operação Navalha e expressa sua esperança de que ela encontre solidariedade das demais instituições que podem contribuir para, no mínimo, reduzir os elevados níveis de corrupção existentes no país."

Este Blogracio concorda totalmente com os termos do Editorial do Congresso em Foco e também manifesta seu apoio, nesse momento, à PF.

Logo abaixo, trechos do Editorial.
Para leitura da íntegra do texto, veja o link sob o post.

"Editorial: a navalha, a espada e as cúpulas"

"A Polícia Federal (PF) virou a Geni da Operação Navalha. Ao vazar para a imprensa informações e documentos relativos ao envolvimento de autoridades, empresários, lobistas e outras pessoas no escândalo capitaneado pela construtora Gautama, atraiu a fúria de duas legiões. A primeira, formada pelas dezenas de políticos e personalidades direta ou indiretamente atingidos pelas investigações. A segunda, pelos que temem – injustamente ou não – ser no futuro alcançados pelo furor de ações policiais de combate à corrupção."
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"...De repente, a Polícia Federal, antes cantada em prosa e verso até mesmo por aquela parte da imprensa mais hostil ao governo Lula, tornou-se o alvo predileto de editorialistas de grandes jornais. Formadores de opinião se juntam às tropas de detratores da PF, ressaltando sempre a necessidade – que aqui não se põe em dúvida – de assegurar obediência aos direitos individuais previstos na Constituição e na lei.

Os críticos da Polícia Federal parecem não dar a mesma importância a outra questão absolutamente imperiosa: a necessidade de o Brasil enfrentar para valer a corrupção, pondo fim a práticas públicas e privadas que nos afasta da condição de nação civilizada e viável. Comissões ilegais, propinas, favorecimentos são aceitos como naturais, inevitáveis, como fatos da vida."...
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Acesse aqui a íntegra do Editorial do Congresso em Foco sobre a PF e a Operação Navalha.

quinta-feira, 24 de maio de 2007

Au revoir, mon cheri président

Recebo e-mail do Sindijornalistas do Espírito Santo com nota sobre a árdua luta para tentar saber quando será recebido pelo patronato jornalístico capixaba.
Isso, para conversar sobre piso salarial, reajustes, essas pendengas argentárias trabalhistas.

Noutro mail, embutido num release, aparece como são as coisas de jornais e jornalistas nas bandas francesas.
Vejam aí:

"Jornalistas do Le Monde demitem presidente da empresa

Jornalistas do [jornal]francês Le Monde votaram pela demissão de Jean-Marie Colombani, presidente-executivo da empresa, por não acreditarem na nova estratégia do empresário para recuperar o veículo. Colombani precisava de 60% de apoio na votação da terça-feira (22/05) na Societé des Redacteurs du Monde (SRM), entidade dos jornalistas do Le Monde, mas obteve apenas 48,5%.

A SRM tem poder de veto sobre o cargo do jornal fundado em 1944, pois seus representados possuem mais de 30% do capital da empresa. "Foi uma verdadeira surpresa, porque ele bombardeou a redação com e-mails e conselhos sobre as razões pelas quais deveríamos votar nele. As pessoas estavam cansadas disso, e foi um tapa incrivelmente forte na cara," afirmou Jean-Pierre Tuquoi, um dos 12 diretores da SRM.

Nem metade

Colombani tentava obter seu terceiro mandato no jornal com um plano para mudar o quadro de uma empresa que teve prejuízo de €14,2 milhões em 2006, com um faturamento 50% menor pelo segundo ano consecutivo. "Ele não conseguiu nem 50% [dos votos]. Ninguém achava que ele teria tão pouco", completou Tuquoi.

O executivo não foi encontrado para comentar a derrota. O Le Monde comunicou que só se manifestará após reunião do conselho ainda esta semana.
Fonte: Reuters"
Fonte: Vermelho-24/05/07

quarta-feira, 23 de maio de 2007

Fé no bolso

Diante das enormes dimensões do novo templo da Igreja Universal do Reino de Deus inaugurado ao seu lado, o supermercado WallMart, em Vitória, teria balbuciado.
- Pôxa, isso é concorrência desleal...

O popular que acredita ter ouvido o balbucio do WallMart declarou:
- Deve ser alguma liquidação de fé. Vou ver os preços.

Coisas da fé consumidora.

domingo, 20 de maio de 2007

Segregação pela vigilância estatal

Recebi mail do Túlio Vianna anunciando seu livro Transparência pública, opacidade privada.

Está á venda por 30 reais para quem não é registrado no saite do autor, mas para os 50 primeiros registrados, a obra custará apenas 20 mangos.
Leiam abaixo a resenha do livro, publicação da tese que conferiu a Túlio o título de Doutor em Direito pela Universidade Federal do Paraná.

Olhe que este Blogracio, sem anunciantes - repare, nem anúncios do Google aparecem aqui - não é de recomendar qualquer compra, mas recomenda o Transparência pública, opacidade privada.

Ainda não li mas já gostei. Tanto que encomendei o meu exemplar.

Lá embaixo, pra você não sartar daqui antes de ler a resenha, está o link do saite do Túlio Vianna, saite através qual você adquire o livro.
Boa leitura e sorria, você está sendo filmado :>)
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Transparência pública, opacidade privada

Transparência pública, opacidade privada convida o leitor a lançar um olhar crítico sobre as câmeras de vigilância espalhadas por ruas, avenidas, praças, lojas, shoppings centers, edifícios e tantos outros lugares públicos monitorados.

O panopticismo, retratado por Michel Foucault no seu clássico “Vigiar e Punir”, segregava os socialmente indesejados para vigiá-los e discipliná-los. Este livro trata de um modelo de controle social diferente que o sucede, no qual não mais se segrega para vigiar, mas em que se vigia para segregar.

Partindo de uma análise histórica dos censos nazistas que identificaram os judeus na população alemã para só então segregá-los e dizimá-los, o autor alerta para os perigos de uma Michel Foucault no século XXI cujos alvos seriam pobres, estrangeiros, negros e outras minorias políticas a serem rotulados como criminosos e, portanto, “inimigos da sociedade”.

O livro é uma crítica contundente ao chamado “direito penal do inimigo”, não só em sua formulação dogmática, mas principalmente em seus pressupostos sociológicos. Neste sentido, o direito à privacidade assume uma posição estratégica na tutela de outros direitos fundamentais, tornando-se garantia contra a vigilância e rotulação estatal que tende a se fixar nos estratos sociais mais frágeis, gerando ainda mais segregação.

O autor propõe uma reconstrução do garantismo jurídico, não mais fundando-o em uma garantia da norma contra o arbítrio, mas na máxima transparência dos atos da administração pública e no inexorável respeito à privacidade como garantia individual contra a vigilância seletiva estatal.”
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Para adquirir o livro Transparência pública, opacidade privada, clique aqui.

sexta-feira, 18 de maio de 2007

Toddynho, aqui me tens de regresso

Bem diante de mim, hoje, no ônibus, uma garota sugava um Toddynho.
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O Toddynho com T-Nutre saiu de circulação, em 9 de março deste ano, por motivos, há quem diga, de formulação.
Terão sido recolhidas pela Pepsico, fabricante do Toddynho, cerca de 13 milhões de caixas com validades anteriores a 28 de agosto de 2007.
No dia do sumiço do Toddynho, de acordo com a Anvisa e segundo deu na FolhaOnline, isso aconteceu por "uma pequena elevação da porcentagem de cálcio" na famosa bebidinha, o que causaria, segundo a Pepsico "uma alteração de sabor" do produto.
Mas no Estadão online de 9 de março, o comentário:
..."A Assessoria de Imprensa [da Pepsico] desmentiu, porém, informações de que um erro na formulação do produto estaria causando reações adversas ao organismo, como, por exemplo, diarréia. O problema teria sido aventado por algumas redes varejistas."
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De volta ao ônibus.

A mocinha, depois de um admirável sluuuurp, garantiu a mim que tinha comprado o Toddynho hoje, 18 de maio AD 2007. Então, fui a um supermercado e tchan, tchan,tchan, tchannnnn, vi o Toddynho de volta às prateleiras.
Comprei UMA caixinha - não aquele pacotinho de três - e, talvez em premiére mundial, aqui está a imagem da tampa da caixa desse novo Toddynho. Percebam que no "FURE AQUI", eu, não furei.

Scaneei a tampa da caixa, inteira, lacrada, apenas vedando as laterais do scanner, ô rapaz.
Não consegui localizar a data de fabricação, mas a de validade deste Toddynho que comprei é 07/10/07.

Uma vez ouvi Jô Soares perguntar algo como "o que será que acontece com um produto quando chega o dia exato do vencimento da sua validade?"

Então, guardarei o Toddynho que comprei hoje em lugar arejado, luz e temperatura ambiente, por cinco meses, tipo num depósito de um supermercado ou mercearia.
Em 7 de outubro de 2007 vou abrir (FURE AQUI) e ex-pe-ri-men-tar, bem de-va-gar, esse Toddynho.
Contarei pra vocês, espero, pois neste Blogracio, é um toddy, digo, um dia de cada vez.
Coisas da vida.

Tortura mental

O Dia Nacional da Luta Antimanicomial é hoje, 18 de agosto.
Um excelente artigo sobre o tema, de Lucas Ferraz, está publicado, também hoje, no Congresso em Foco.
E saite corajoso, profissonal, ético, obrigatório para os que querem saber sobre os movimentos congressuais brasileiro, muitos dos quais não abordados pela grande ou convencional mídia.
Trecho inicial do texto está a seguir.
Ao final, há link para a matéria, na íntegra, como publicada hoje no Congresso em Foco.
Leiam.
Por uma loucura melhor.
Saúde.
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"Jogados para debaixo do tapete
Seis anos após implantação da reforma psiquiátrica, doentes mentais ainda vivem enclausurados em situação precária

Lucas Ferraz

A loucura ainda é um tema incômodo, seja para o próprio portador de doença mental e sua família, seja para o Estado. Sem falar no pouco – e restrito – debate sobre o assunto, seus estereótipos e a pouca atenção dada a ela pela mídia. Assim como os doentes mentais, também o debate sobre o assunto ainda é marginalizado.

Hoje (18), quando se comemora o Dia Nacional da Luta Antimanicomial, data instituída há 20 anos, haverá manifestações em algumas cidades do país para lembrar o assunto – uma rara oportunidade para a sociedade ver os doentes mentais. Mas o dia, acima de tudo, serve para lembrar o pouco que se evoluiu no país desde a implantação da chamada reforma psiquiátrica, impulsionada pela Lei 10.216/01.

A lei, sancionada há seis anos, tinha como objetivo regularizar as internações psiquiátricas, na tentativa de humanizar o tratamento e promover mudanças no modelo assistencial em todo o Brasil."

Leia a matéria integral no Congresso em Foco

terça-feira, 15 de maio de 2007

SAC do Toddynho faz contato

Muito gentil profissional do SAC do Toddynho remeteu nesta terça, 15/05/07, mensagem para mim, através do blogracio@gmail.com

A pessoa faz referência ao post que publiquei aqui em 09/03/07.
Foi a respeito da retirada do Toddynho dos pontos de venda e da mudança de foco da informação sobre o assunto no Estadão, os dois fatos na mesma data acima.

Em sua mensagem hoje, O SAC do Toddynho forneceu vários números de telefone, inclusive para ligação a cobrar e solicita que eu ligue para um desses números, de segunda a sexta, das 8 às 17 horas, "para que possamos esclarecer seu comentário sobre alteração no sabor do produto."

Respondi o e-mail pedindo que O SAC do Toddynho faça o comentário que desejar também por e-mail. Anexei à resposta os dois print-screens que cito no segundo dos dois posts sobre o desaparecimento do Toddynho.

Estão quase no final do arquivo dos posts de março, aqui.

domingo, 13 de maio de 2007

Volks faz Gol contra

Deu no saite Revista Consultor Jurídico:

"Longa espera
Volks é condenada por levar 11 meses para atender pedido

A demora de 11 meses para responder a um cliente configura descaso e motiva a reparação moral. O entendimento é da 3ª Turma Recursal Cível do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul em ação que condenou a Volkswagen do Brasil a indenizar em R$ 3,5 mil o dono de um veículo da marca. Cabe recurso.

O consumidor adquiriu o veículo Gol Special em dezembro de 2004. Um mês depois, em janeiro de 2005, foi impedido de fazer a transferência do carro em razão da numeração do motor. Na perícia, o Detran constatou que a numeração, embora conferisse com a documentação, havia sido feita por meio mecânico e não a ‘laser’, como deveria.

Mesmo com insistentes pedidos, a fábrica levou 11 meses para fornecer os dados necessários ao procedimento de transferência.

No recurso, a empresa alegou que o Detran contribuiu para a demora por não aceitar documentos enviados pela montadora durante o período.

Para a relatora, juíza Kétlin Carla Pasa Casagrande, a responsabilidade é exclusiva da montadora que enviou documentos impróprios para a regularização do automóvel.

A Volkswagen foi condenada ao pagamento de R$ 3,5 mil por danos morais mais R$ 350 por danos materiais.

Acompanharam a relatora os juízes Eugênio Facchini Neto e Carlos Eduardo Richinitti.

Processo 7100.113.450-1"

Fonte: Revista Consultor Jurídico, 11 de maio de 2007

sábado, 12 de maio de 2007

Paraíso fundiário

Na Câmara especulam que Maluf negocia admitir a entrada de Clodovil num seu insuspeito fundo.
Política é coisa cruel.

Filho sem mãe pode estar na Cãmara

Feministas duvidam que Clodovil tenha mãe.
Coisas da política.

Calor maternal

Vi publicada há muito tempo, não lembro onde, a melhor pior piada que conheço sobre amor filial.
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Leitãozinho entra numa cozinha onde está sendo preparada uma grande feijoada.
Carinhosamente, diz o leitãozinho:
- Hmmmm, mamãe, você está TÃÃÃOO cheiroosa...
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É fogo.

Burocracia na pena de morte

- Agora, que você será enforcado, por favor, assine aqui, aqui, ao lado do x, nas seis vias.

quinta-feira, 10 de maio de 2007

Beato temporão

Corre a informação que milhares de homens grávidos, em romaria a Aparecida do Norte, vão pedir a Bento XVI a beatificação do ministro da Saúde, José Gomes Temporão.
Temporão está sendo mais comentado que o próprio papa após pronunciar ontem, quarta, 09/05/07, a luminosa frase:
- Se os homens ficassem grávidos, essa questão [o aborto] já estaria resolvida há muito tempo.

A respeito de Bento XVI ter opinado sobre "excomunhar políticos que apoiam o aborto" há suspeitas que o mesmo grupo de homens grávidos estaria também querendo o impeachment de papa - ele é Chefe de Estado.
Dentro do grupo de homens gestantes, haveria uma ala radical que quer mais: excomungar o papa.
Mas a ala ponderada, apenas pró-impeachment, acha que querer excomungar o papa é iniciativa muito radical, que seria rapidamente abortada.
Coisas da fé.

terça-feira, 8 de maio de 2007

Mais detalhes e emoções de Roberto Carlos

Com a vinda do papa Bento XVI, há quem aguarde Bento XVI desautorizar todo mundo a cantar "e que tudo mais vá pro inferno".
Coisas da vida.

domingo, 6 de maio de 2007

Morreu Rose, uma cabra, cabra mesmo, casada com Charles Tombe, homem do Sudão.

Berrem, estupefatos e contritos.
Um doloroso dia das mães terá Charles Tombe e seu enteado.

Está na internet que morreu, dia 4, sexta, Rose, uma cabra que contraiu matrimônio com Charles Tombe, cidadão de Juba, cidade ao sul do Sudão, África.
Rose terá morrido, reza a web, engasgada com uma sacola plástica que encontrou numa das ruas de Juba, cidade natal dela, Rose, e Charles Tombe, seu esposo.
Rose comia de tudo, deu no que deu.

Aconteceu que Charles foi flagrado em relações sexuais com a cabra, no inesquecível, para ele e sua parceira, mês de fevereiro de 2006.
No Sudão, se um homem é flagrado "dormindo" com uma mulher - solteira, presumo - tem que casar imediatamente com ela.

Fundamentado nessa tradição, o conselho de anciãos de Juba obrigou Charles Tombe a casar com a cabra, que passou a atender pelo simpático nome de Rose. Charles, além de ganhar uma cabra como esposa, também pagou dote de 50 dólares ao dono da sua berrante companheira.

Bem. Depois de casar com Charles, Rose deu luz a um filho, que Charles Tombe tratou logo de esclarecer que não era filho dele, Charles.
Ou seja, Charles Tombe casou com uma cabra infiel e agora tem que cuidar do filho da falecida esposa com algum cabra macho, quero dizer, bode.

A vida e o mundo ensinam.
Homem, se por acaso casou com uma "onça", trate de ser feliz com ela.
Pior foi com Charles Tombe, penso.

Mais detalhes desse escabroso caso está - não é numa coluna social - para citar só uma fonte, no Guardian Unlimited.

sábado, 5 de maio de 2007

Blog aberto a Pedro Maia, imperador da Barra do Jucu

Pedro Maia, um dos melhores jornalistas policiais que já labutaram na imprensa brasileira, há bom tempo deixou de reportar tiroteios e tramas e virou cronista em A Tribuna, de Vitória.

Cidade Aberta, assinada pelo Pedrão, registra movimentos de hoje e ontem da vida capixaba e nacional em vários aspectos com fino humor, ironia e, quando necessário, contundência acachapante e irrespondível.

Ao ler a edição de A Tribuna deste sábado, 5 de maio de 2007, deixei por último, como sempre faço, a degustação da crônica do Pedrão, hoje com o título "Segredo de baiano".
Ao desejum, quando soletrei meu nome no texto do Pedro Maia, quase engasguei com as pimentas que coloco no cereal regado a dendê e leite de coco.
Pois o sacanetaço Pedro Maia resolveu contar o episódio, secular, em que convidei uma turma para saborear uns acarajés que eu iria preparar.

Aconteceu que o feijão fradinho que comprei na Vila Rubim para fazer os acarajés, parece, tinha algum defeito de fabricação. Ou plantação, sei lá.

Tanto que não consegui, depois de muito tentar, descascar com a devida competência os feijões necessários aos acarajés.
Pedrão contou verdade. O que era pra ser almoço já estava sendo transferido para jantar e então o pessoal, devidamente abastecido a álcool, resolveu ir comer noutro lugar.

Quase ao final da sua crônica o Pedro Maia diz que "baianos são bons de cozinha mas ruins para ensinar." Aí, discordo. Baianos não são ruins "para ensinar".

Baiano ensina e aprende bem, mas às vezes tem que lidar com questões como grãos de feijão fradinho que apresentam problemas estruturais exógenos, algo deveras complexo. Só isso.

"Baiano burro garanto que nasce morto"
, já cantou Waldeck Artur de Macedo, o Gordurinha.
Desculpem.

Pedrão, meu amigo, imperador da Barra do Jucu. Descascar feijões, depois daquela, não tentei mais .

Em compensação, aqui no Espírito Santo, foi onde melhor aprendi a descascar abacaxis. Além disso, aprendi a raspar mamão verde, o que exige muito mais aprendizado, paciência e habilidade.
Não é descascar, a receita diz raspar, com uma faca, a casca do mamão verde.

Certa manhã de sábado atrasei muuuito o almoço porque decidi que ou eu raspava com uma faca a casca de um mamão verde, para fazer um ensopado da fruta ou, radical, iria comer a josta do mamão verde, cru. Cru, eu disse.
Raspei o mamão, fiz o ensopado, mas por uns dias precisei passar Calminex, versão animal, nos meus poderosos bíceps.

Serviu o exercíco pois, a partir desse esforço, cada vez que fico diante de situação complicada mentalizo "é só mais um mamãozinho verde pra raspar a casca" e vou em frente.

Pedrão. Foi uma honra ser objeto de apreciação pública através da sua coluna, a patrimonial Cidade Aberta. Todos sabem que entrar e sair, somente com leves escoriações, das suas linhas e entrelinhas, é mais difícil que raspar casca de mamão verde.

Valeu, Pedraço.

quarta-feira, 2 de maio de 2007

Paulo Medina não admite caçar níqueis

- Ele não teria como sobreviver sem esse salário.

Pungentes palavras do advogado do ministro do Superior Tribunal de Justiça, Paulo Medina, Antonio Carlos de Almeida Castro, hoje (quarta, 02/05/07) à noite, no telejornal da Band.

"Esse salário" é de R$ 23.200 reais e dele não abre mão o juiz que pediu afastamento do cargo depois de divulgadas gravações da Operação Hurricane que apontam o envolvimento do nobre magistrado em venda de sentenças judiciais favoráveis a donos de caça-níqueis.

Declarou a esse Blogracio um popular que a tudo assistiu e que consegue sobreviver com um saláro mínimo de 380 reais:
- Dureza mesmo seria sobreviver sem um juiz e um advogado desses pra me fazerem rir.
 
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