quarta-feira, 29 de novembro de 2006

Enquete relâmpago

Não precisa nem clicar:

- Você emprestaria seu carro para Magno Malta?

MeuJornal.net parou, o Blogracio continua

MeuJornal.net não é mais publicado, ou melhor, atualizado.
Mas os sites de busca continuarão a apontar para as páginas internas do saite. Acho.

A partir de hoje, 29 de novembro de 2006, www.meujornal.net mostrará uma única página com link para este Blogracio.

Questões técnicas como demandar seis, oito horas para renovar UMA edição do saite, mais nada de grana X esforço demandado, levaram à interrupção do MeuJornal.net

Tocado apenas por uma pessoa, eu, que também fui o webraçal, mais um ou outro colaborador e poucos parceiros de guerra:
Alex, do 2YzY, Nami, do Ponto de Vista e Fábio, do Forninho.

Ao longo das suas 302 edições em cerca de 30 meses, MeuJornal.net faturou algo em torno de 52 DÓLARES (pô, poderia ser EUROS) com o Google Ad Sense. Veremos se o gogão informa como e quando pagará.

O pico de page views (umas 4.100) do MeuJornal.net foi em abril deste 2006. A média mensal era umas 2.400 pv.

Bem. Penso volta e meia publicar aqui "O melhor de MeuJornal.net", com matérias que justificaram o slogan da publicação:
- Em MeuJornal, sai.

Saía.
Especiais agradecimentos a todos que prestigiaram MeuJornal.net com seus acessos, colaborações textuais e fotográficas, comentários, críticas, sugestões e solenes desprezos.

Eterna gratidão a Claúdio Gracio, o filho webmaster, a Débora Gracio, a webfilha apoiadora e ao Nardo Buzun.

Nardo Buzun ocupou mais de 250 funções - praticamente uma a cada edição - em MeuJornal.net
A última foi Editor de Ignomínias.

Para citar apenas algumas atribuições, Nardo também constou no Expediente como Varredor de pixels, Anta de tênis, Fonte que não quis ser identificada, Goleiro esquerdo, Popular que a tudo assistiu e Papagaio do Pirata do Caribe.

De Nardo Buzun, a última notíca é que ele estaria tentando aposentadoria junto com Elmaro, o jornalista sem diploma responsável pelo saite.

Mas a aposentadoria de Nardo Buzun está com um "probrema". Ele não consegue provar, junto ao INSS, que ele, Nardo, NÃO existe e assim, igual a muitos, receber uma bolada da Previdência.

Já a aposentadoria do Elmaro é diferente: apesar de existir, de ter idade para a aposentadoria PROPORCIONAL e da carteira assinada por quase quarenta anos, o INSS quer PROVAS que Elmaro trabalhou em algumas empresas onde indica a sua carteira, a popular CTP.
Empresas que não teriam feito os devidos recolhimentos, relativos ao Elmaro, junto à kafkiana Previdência.

Falar nisso, numa tarde calorenta, numa agência do INSS, vi um rapaz, pálido, que me disseram ser um tal de Franz Kafka, fazendo anotações.

Meio esquisito, o cara.

segunda-feira, 27 de novembro de 2006

Xuxa, a Big Sister

Li hoje, em Televisão, no saite do Estadão – que Xuxa conseguiu impedir na justiça a venda, pelo Mercado Livre, de cópias do filme Amor Estranho Amor.

Nesse filme, de Walther Hugo Khouri e exibido em 1982,
Xuxa apareceu – aparece? – peladaça, a seduzir um menino de 12 anos.

Bem. Taaalvez venha daí o famoso epíteto “a rainha dos baixinhos”. Não sei. Epíteto? Puxa!

Mas é de bom tempo a luta de Xuxa para apagar da memória do planeta uma obra da qual participou e deixar apenas a da loirinha bonitinha exemplinho de bom comportamentozinho.

Lembra um livro, 1984, no qual é mostrado um mundo onde o poder – o Big Brother - cuida de eliminar as notícias desfavoráveis a esse mesmo poder , permitindo apenas - e produzindo - as informações que mostram como é porreta aquele sistema.

Você não leu 1984, o popular Big Brother?

Bem. Mesmo no caso de ser grande fã de Xuxa, Pelé, Globo, essas coisas, você, com o que está aqui, deverá entender porque o título deste post é Xuxa, a Big Sister.

Não entendeu?

Xapralá.

sábado, 25 de novembro de 2006

Banana para os amigos, inimigos de confiança.

Governadores agora cordiais, afáveis, risonhos e submissos ao Lula, ouviram, alguns pessoalmente, a já famosa recomendação do presidente “não nomeiem amigos”.

Então a perspectiva do momento é aos inimigos tudo, aos amigos, bem, xô ver, uma banana. No máximo.

Aopédaletramente, chegou a vez deles, inimigos, serem nomeados. Para tudo o que um governador pode nomear. Olha que não é pouca coisa. Grande alegria nas hostes adversárias. Ou neutras, se é que isso existe.

Calma. Isso, nomear inimigos, na verdade, não mudaria muito o quadro da política brasileira - ou do mundo.

Já foi dito:
-
Antipatias violentas são sempre suspeitas e revelam uma afinidade secreta.

O autor dessa pérola foi William Hazlitt.

Quem, William Hazlitt?

Ah, dá uma gulgada, pessoa.

sexta-feira, 24 de novembro de 2006

Supermercado liquida Papai Noel

Crianças acreditam em Papai Noel até quando descobrem, ou é muito bem explicado, que Papai Noel não existe.

Pois parece que uma das lojas da cadeia de supermercados Carone*, em Vitória, Espírito Santo, partiu pra liquidar de vez com a ilusão da meninada quanto à existência de Papai Noel.

Pelo menos na figura daquele velhão simpático que ouve o que querem ganhar de presente, no Natal, os garotos e as garotas, sem maior preocupação de pai ou mãe poderem ou não COMPRAR, que isso é coisa pro Papai Noel resolver.

Está lá, em bom local do supermercado. Sobre uma base redonda, um Papai Noel com não mais que um metro e meio – começa sendo o menor Papai Noel do mundo, acho.

É um boneco eletrônico, com movimentos duros, lerdos e que canta em som também eletrônico, claro, a famosíssima Noite Feliz. Só que EM INGLÊS. Mais uma força para a imbecilização global.

E, após cantar, ”Papai Noel” “diz “Merry Christmas for you all”.

Como está numa canção, “toma uísque com feijoada, everybody macacada.”

Era noite de pouco movimento no supermercado. Com muito tato perguntei para uma jovem que trabalha no local – e que não tem nada a ver com o lastimável Papai Noel – o que achava daquele boneco estar ocupando o lugar de uma pessoa que poderia defender seu dinheirinho nessa época. Talvez, na única chance durante todo um ano.

A mocinha respondeu, com olhar triste e irônico:

- É. Mas esse aí (o boneco), não sua, não vai ao banheiro,não bebe água, não passa mal, não precisa de contrato nem carteira assinada, aliás, nem recebe nada. E não fica cansado NUUNCA...

Disse para a funcionária que, a meu ver, o grave, uma verdadeira maldade, é o monstrengo mecânico estar ali a decepcionr ou a deixar crianças ainda mais confusas a respeito da existência do Papai Noel. A moça, cuidadosa, olhou rápido para os lados e apenas abriu as mãos num gesto de desconsolo.

Vi um garotito, calculei com uns três anos, muito surpreso diante da engenhoca papainoelesca, perguntar ao pai:

- Isso aí é que é Papai Noel?

Algo sem jeito mas com um tom amoroso e um cuidado tocantes, o pai balbuciou:

- Não, Papai Noel não é assim, não. Vamos indo que depois explico pra você.

E levou o menininho para a seção de biscoitos. De verdade. Ou não?
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* Cito o nome do supermercado porque condeno a imprecisão de informações como “em um supermercado do local tal” ou “numa sapataria de um shopping na capital”, que colocam todos num mesmo saco, muitas vezes mal ajambrado.
E o
falso Papai Noel que está no Carone citado aqui com certeza estará, infelizmente, em muitos outros locais.

terça-feira, 21 de novembro de 2006

A Gazeta, a Ales, a versão ou o fato, a pinimba.

O portal da Assembléia Legislativa do Estado do Espírito Santo - Ales tem espaço para enquete.
A pessoa enqueteira é, no mínimo, bem humorada. Ou mucho loca. Ou provocadora. Ou instigante. Ou tudo isso. Inteligente a figura é.

Na época das eleições, a enquete teria sido “censurada” devido a um protesto, formal, de Cláudio Vereza, deputado estadual e presidente do PT capixaba, que classificou uma enquete - não lembro qual - na época das eleições, como “tendenciosa”.

Então, como nos tempos da ditadura e em que os jornais - Estadão, especialmente - publicavam receitas de doces e salgados em lugar das matérias censuradas, a enquete da casa legislativa teve momentos realmente interessantes:
Um deles, quando perguntou, em 5, 6 de setembro, por aí:
- Você vai à praia nesse feriadão?

Porém, o César Colnago, presidente da Ales e que estava em viagem quando do imbroglio da enquete, voltou e “suspendeu a censura”.

Bem. Acontece que Sérgio Egito, titular da tradicional coluna Victor Hugo, de A Gazeta, o maior jornal da Av. Beira Mar, em Vitória, tem encasquetado com a enquete da Ales e volta e meia manifesta sua perplexidade com as perguntas do espaço.
Como a penúltima:
- Pra você, vale o fato ou a versão?

Sérgio, excelente jornalista, escreveu na sua coluna algo como “muita gente não entendeu a pergunta”.

Sergito:
Ganhou “a versão”.
E isso é, ou foi, um fato.
Aguardo sua versão 8-)

Cabando. A enquete colocada hoje no portal da Ales é:
- Dará certo um conselho de ex-presidentes com Sarney, Collor, Itamar e FHC?

Responda sim ou não, se conseguir sair dessa.

Em tempo: o site da Ales - até direitinho - é http://www.al.es.gov.br/

domingo, 19 de novembro de 2006

Expressão célebre criada hoje - 2

Inspirada e em homenagem a Jack Palance:

- Quanto pior o vilão, melhor a história.

terça-feira, 14 de novembro de 2006

Presente do céu

Numa conversa alguém comentava das ocasiões em que, além do habitual, é preciso pensar e agir positivamente. Aconteça o que acontecer.

Para dar bom exemplo disso, contou:
- Quando o Edgar [Edgar dos Anjos, empresário capixaba], planejava erguer uma casa enorme, alguém ponderou que o local escolhido para a construção era perigoso, pois ficava em direção e relativamente próximo à cabeceira do aeroporto de Vitória. No caso de um desastre...

Edgar encerrou o assunto:
- Se cair algum avião no meu quintal, o avião vai ser meu.

segunda-feira, 13 de novembro de 2006

Expressão célebre criada hoje - 1

Expressões célebres creio que surgem ao acaso e sem pretensão dos autores que uma sua manifestação venha a ser isso, célebre.
Aqui, não.
As expressões que forem postadas nesta série são destinadas aos pósteros, a ilustrar discursos de proeminentes figuras, enriquecer conselhos, a serem citadas em eminentes rodas de botequins ou em humildes reuniões de multinacionais.
Serão frases que ja nascerão célebres e prontas para usar.
A única exigência é que, dita a frase, o autor, Dino Gracio, seja citado.

Claro, dificilmente vai acontecer assim. Eu sei.

Então, segue a primeira Expressão célebre criada hoje:

- O que é pior, uma amizade comprada ou uma inimizada gratuita?

sábado, 11 de novembro de 2006

Até aqui, tudo bem

Ontem

Em 1970, com Claúdio Bueno Rocha, o popular CBR, diretor de redação de O Diário “da rua 7”, em Vitória:
Cláudio:
- Já jantou?
Eu:
- Não.
- Almoçou aonde?
- Não almocei, comi um pedaço de bolo que o Jorge pagou pra mim, no bar.

- Chegou aqui tem quatro dias, faz charges no jornal e ainda não sei direito quem é você. Mora aonde?
- Ainda não sei onde morar.
- Mas, como? E seu pai, sua mãe? ‘Tá com quem em Vitória?
- Pais são separados. Moram na Bahia e no Rio. Estou sozinho em Vitória. Conhecendo umas pessoas aqui no jornal.
- Tá dormindo onde?
- Quando cheguei, na Pensão Globo, no Parque Moscoso, o dinheiro acabou. Aí, o Makoto, o fotógrafo, me levou pra dormir na pensão da mulher dele, D. Maria, mas ela só deixou uma noite. Ontem eu dormi no alojamento da Escola Técnica mas hoje não pode.

Cláudio, aos berros:
- Mas não é possível, você é um personagem improvável! Hoje vai dormir aonde?
- Aqui na redação, na poltrona da sala do Tinoco.

Então o Cláudio contou a piada da qual, na realidade, eu seria o protagonista:
Um sujeito caiu da janela de um prédio, lá pelo vigésimo andar, foi caindo, caindo, caindo, caindo e enquanto não chegava ao chão, pensava, otimista.
- Até aqui, tudo bem...

Naquela noite dormi mesmo na poltrona da sala do Tinoco mas, depois, levado pelo CBR, fui morar numa república de jornalistas que escandalizavam, não sei porque, os vizinhos, pessoas comportadas e ordeiras.

Hoje

Terça-feira, 7 de novembro de 2006, resolvi deixar o emprego após uns 30 dias de trabalho. Órgão público, tem vários titulares que respeito, bom salário mas muitas, muitas dificuldades operacionais. Não rasgo dinheiro porém entreguei meu pedido de exoneração.

Saí com a sensação de que devo ser mesmo o sujeito da piada contada pelo Cláudio.

Então, até aqui, tudo bem.

E é assim mesmo.
 
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