Em Brasília, debaixo de uma lona em frente ao Palácio Alvorada, Lula comemorou aniversário hoje, 27 de outubro. O presidente Lula soprou as velinhas "62" colocadas num bolaço vermelho.
Vermelho, onde já se viu, um bolo vermelho pra comemorar aniversário de presidente do Brasil?
Isso deve ser coisa de comunista. Por isso que o Brasil está assim, sem jeito.
Basta notar que nas fotos do “parabéns pra você, presidente” dá pra ver que tem até gente parda, feia, com cara de nordestino, em volta da mesa.
Disgusting.
Coisa elegante, fina, decente mesmo, era aniversário do Presidente Kennedy, que tinha Marilyn Monroe com efeitos especias de derretimento e miando “happy birthday, Mr. President........”
Não era essa coisa de bolo torto, vermelho, decorado com umas estrelas – vermelhas! –e de SEIS pontas.
Estrela vermelha de seis pontas é símbolo da organizão israelita de ajuda humanitária e médica Escudo de Davi Vermelho.
Aí, uma estrela assim aparece bem em volta do bolo de aniversário do Lula, um presidente, dizem alguns, VERMELHO.
Quem fez aquele bolo quis arrumar uma confusão diplomática, é uma provocação, depois Israel bombardeia nossos acampamentos do MST e vocês vão ver uma coisa.
Padrinho apressado
Lula comemora seu aniversário nos 27 de outubro da vida embora tenha seu nascimento registrado em cartório ANTES desse dia. O padrinho do Lula registrou o garoto barbudo como nascido em 6 de outubro.
Então, para efeitos legais, Lula nasceu ANTES de ter nascido, entendeu?
É por isso que o Brasil está essa zorra. Tem até pobre comendo mais arroz e rico esperando em aeroporto. Um absurdo, um caos, uma anaquia.
As cores da discórdia
Não está confirmado, mas uma fonte que não quis se identificar, com a boca cheia de empada, garantiu que teria ouvido de Clodovil que o bolo de Lula deveria ser rosa clarinho.
Pelamôdedeus!
sábado, 27 de outubro de 2007
sexta-feira, 26 de outubro de 2007
Anote os lotes de leite Parmalat, Calu e Centenário interditados pela Anvisa
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) divulgou na manhã desta sexta-feira, 26 de outubro, que “interditou preventivamente” lotes de leite UAT (longa vida) das marcas Parmalat, Calu e Centenário.
Essa interdição, segundo a Anvisa, teve por base laudos da Polícia Federal que
constataram irregularidades no processamento em lotes de leite das três empresas.
Os lotes interditados:
Parmalat
- LCZI 06:23 - Fabricação 22/06/2007 - Validade 22/10/2007
- LCZL01 12:42 - Fabricação 22/06/2007 - Validade 22/10/2007
- Não-determinado - Fabricação 24/06/2007 - Validade 24/10/2007
Calu
- 4G - Fabricação 03/08/2007 - Validade 03/12/2007
- 4K - Fabricação 07/07/2007 - Validade 07/11/2007
- 4W - Fabricação 26/07/2007 - Validade 26/11/2007
Centenário
- Lote 1 - Fabricação 25/07/2007 - Validade 30/12/2007
- Lote 1 - Fabricação 04/08/2007 - Validade 08/01/2008
- Lote 2 - Fabricação 28/07/2007 - Validade 02/01/2008
A Anvisa alerta que se você perceber qualquer aspecto diferente no leite que comprou, seja na cor, odor ou sabor, comunique o fato à Vigilância Sanitária de onde você reside ou faça contato com a Anvisa pelo e-mail ouvidoria@anvisa.gov.br
* Com informações da Folha Online
Essa interdição, segundo a Anvisa, teve por base laudos da Polícia Federal que
constataram irregularidades no processamento em lotes de leite das três empresas.
Os lotes interditados:
Parmalat
- LCZI 06:23 - Fabricação 22/06/2007 - Validade 22/10/2007
- LCZL01 12:42 - Fabricação 22/06/2007 - Validade 22/10/2007
- Não-determinado - Fabricação 24/06/2007 - Validade 24/10/2007
Calu
- 4G - Fabricação 03/08/2007 - Validade 03/12/2007
- 4K - Fabricação 07/07/2007 - Validade 07/11/2007
- 4W - Fabricação 26/07/2007 - Validade 26/11/2007
Centenário
- Lote 1 - Fabricação 25/07/2007 - Validade 30/12/2007
- Lote 1 - Fabricação 04/08/2007 - Validade 08/01/2008
- Lote 2 - Fabricação 28/07/2007 - Validade 02/01/2008
A Anvisa alerta que se você perceber qualquer aspecto diferente no leite que comprou, seja na cor, odor ou sabor, comunique o fato à Vigilância Sanitária de onde você reside ou faça contato com a Anvisa pelo e-mail ouvidoria@anvisa.gov.br
* Com informações da Folha Online
quinta-feira, 25 de outubro de 2007
Anatel aprova compra de TV a cabo pela Oi
"Da Redação do Comunique-se
A Agência Nacional de Telecomunicação (Anatel) aprovou ontem a venda da distribuidora de TV por assinatura Way TV para a Oi (ex-Telemar). A decisão abre precedente para que outras telefônicas possam adquirir TVs a cabo, e representa uma mudança na posição da agência, que tinha rejeitado a mesma operação em março.
A Oi venceu leilão com a oferta de R$ 132 milhões pela empresa, que opera em Minas Gerais. Em março, a Anatel, que então tinha três conselheiros, vetou o negócio com o argumento que o contrato de concessão proíbe a empresa de telefonia fixa de ter TV a cabo dentro de sua área de atuação.
Após pedido de reconsideração, a Anatel, agora com cinco conselheiros, mudou a posição por três votos a dois. O relator do caso, Antônio Bedran – um dos novos conselheiros, junto a Ronaldo Sardenberg –, considerou que a Lei do Cabo permite a compra, caso haja somente um interessado.
A Oi, que já tem acordo com a Sky, pretende oferecer pacotes de serviço de telecomunicação e conteúdo audiovisual.
ABTA
A Associação Brasileira de TV por Assinatura (ABTA) criticou a aprovação, considerando, em nota, que a decisão vai contra as regras do setor e que vai avaliar medidas judiciais.
*Com informações da Reuters”
Fonte: Comunique-se – 24-10-07
A Agência Nacional de Telecomunicação (Anatel) aprovou ontem a venda da distribuidora de TV por assinatura Way TV para a Oi (ex-Telemar). A decisão abre precedente para que outras telefônicas possam adquirir TVs a cabo, e representa uma mudança na posição da agência, que tinha rejeitado a mesma operação em março.
A Oi venceu leilão com a oferta de R$ 132 milhões pela empresa, que opera em Minas Gerais. Em março, a Anatel, que então tinha três conselheiros, vetou o negócio com o argumento que o contrato de concessão proíbe a empresa de telefonia fixa de ter TV a cabo dentro de sua área de atuação.
Após pedido de reconsideração, a Anatel, agora com cinco conselheiros, mudou a posição por três votos a dois. O relator do caso, Antônio Bedran – um dos novos conselheiros, junto a Ronaldo Sardenberg –, considerou que a Lei do Cabo permite a compra, caso haja somente um interessado.
A Oi, que já tem acordo com a Sky, pretende oferecer pacotes de serviço de telecomunicação e conteúdo audiovisual.
ABTA
A Associação Brasileira de TV por Assinatura (ABTA) criticou a aprovação, considerando, em nota, que a decisão vai contra as regras do setor e que vai avaliar medidas judiciais.
*Com informações da Reuters”
Fonte: Comunique-se – 24-10-07
terça-feira, 23 de outubro de 2007
Leite adulterado há três anos para a família brasileira
A Polícia Federal prendeu ontem 22, segunda, 27 pessoas por suspeita de adulteração de leite nas cooperativas Agropecuária do Sudoeste Mineiro (Casmil) e dos Produtores de Leite do Vale do Rio Grande (Coopervale).
Foram presos diretores das cooperativas em Uberaba e em Passos, as duas, em Minas Gerais.
Entre os compradores dessas cooperativas estão a Nestlé a Parmalat, o que o Jornal Nacional noticiou ontem através de um texto que foi um prodígio de cuidado.
Parmalat e Nestlé negaram que utilizem leite das cooperativas adulteradoras.
Enquanto isso, a Polícia Federal vai dar continuidade à busca de amostras de leite de várias marcas, em todo país, para que análises apontem se estão usando as substâncias utilizadas para adulterar o leite nosso de cada dia.
As substâncias adicionadas nos NOS ÚLTIMOS TRÊS ANOS ao leite, para que dure mais tempo, são ácido nítrico, água oxigenada e soda cáustica.
Eu, que tomo leitinho todo dia, bem que vinha estranhando o fato de cuspir - para ser discreto - sabão nos últimos tempos.
Pior é que uma jovem química acaba de informar a mim que ácido nítrico e soda cáustica, bem dosados - precisa um pouquinho de glicerina, mas isso é moleza - podem produzir nitroglicerina.
Já imaginaram, morrer explodindo num peido depois de ser mamífero no seu ninho?
Tomoooouu?
Foram presos diretores das cooperativas em Uberaba e em Passos, as duas, em Minas Gerais.
Entre os compradores dessas cooperativas estão a Nestlé a Parmalat, o que o Jornal Nacional noticiou ontem através de um texto que foi um prodígio de cuidado.
Parmalat e Nestlé negaram que utilizem leite das cooperativas adulteradoras.
Enquanto isso, a Polícia Federal vai dar continuidade à busca de amostras de leite de várias marcas, em todo país, para que análises apontem se estão usando as substâncias utilizadas para adulterar o leite nosso de cada dia.
As substâncias adicionadas nos NOS ÚLTIMOS TRÊS ANOS ao leite, para que dure mais tempo, são ácido nítrico, água oxigenada e soda cáustica.
Eu, que tomo leitinho todo dia, bem que vinha estranhando o fato de cuspir - para ser discreto - sabão nos últimos tempos.
Pior é que uma jovem química acaba de informar a mim que ácido nítrico e soda cáustica, bem dosados - precisa um pouquinho de glicerina, mas isso é moleza - podem produzir nitroglicerina.
Já imaginaram, morrer explodindo num peido depois de ser mamífero no seu ninho?
Tomoooouu?
domingo, 21 de outubro de 2007
Acabouuuuu, Brasiiiilll! Galvão Bueno só atropela a Fórmula 1 em 2008
Com a corrida de Interlagos, acabou o campeonato de Fórmula 1 de 2007.
A transmissão da Globo manteve o alto padrão de narração aos borbotões, estapafúrdia e incompreensível de Galvão Bueno.
Que tem a preciosa colaboração, às vezes compulsória – Galvão atropela qualquer um – de Reginaldo Leme e Luciano Burti. Escapa por pouco a Mariana Ximenes que faz pit-stops narrativos bem aceitáveis.
Apesar das imagens foi quase impossível entender mesmo o que acontecia na corrida, tal as cataratas de comentários dos pilotos de locução da Globo.
A 1 minuto da início da corrida Galvão explicou, em relação à velocidade do vento, que “quando é medida em segundos, tem que multiplicar por 60 para saber quanto dá em minutos e aí multiplicar por MAIS 60 pra saber quanto dá por hora. Não é mole não, amigos da Rede Globo.”
Galvão caprichou na locutagem também quando arrancou:
- Nesse momento Alonso é campeão. Não em relação ao Hamilton, mas em relação ao outro”. QUAL outro, deve ter sumido em Interlagos.
Assim correu Galvão o tempo todo.
Bem. Como talvez não tenha ficado claro com Galvão Bueno, o finlandês Kimi Raikkonen é o campeão da Fórmula 1 de 2007.
Lewis Hamilton ficou em segundo e Geraldo Alonso em terceiro no campeonato.
Felipe Massa, que deu uma ajudaça pra vitória do Raikkonen, terminou a temporada em quarto.
Foi isso.
A transmissão da Globo manteve o alto padrão de narração aos borbotões, estapafúrdia e incompreensível de Galvão Bueno.
Que tem a preciosa colaboração, às vezes compulsória – Galvão atropela qualquer um – de Reginaldo Leme e Luciano Burti. Escapa por pouco a Mariana Ximenes que faz pit-stops narrativos bem aceitáveis.
Apesar das imagens foi quase impossível entender mesmo o que acontecia na corrida, tal as cataratas de comentários dos pilotos de locução da Globo.
A 1 minuto da início da corrida Galvão explicou, em relação à velocidade do vento, que “quando é medida em segundos, tem que multiplicar por 60 para saber quanto dá em minutos e aí multiplicar por MAIS 60 pra saber quanto dá por hora. Não é mole não, amigos da Rede Globo.”
Galvão caprichou na locutagem também quando arrancou:
- Nesse momento Alonso é campeão. Não em relação ao Hamilton, mas em relação ao outro”. QUAL outro, deve ter sumido em Interlagos.
Assim correu Galvão o tempo todo.
Bem. Como talvez não tenha ficado claro com Galvão Bueno, o finlandês Kimi Raikkonen é o campeão da Fórmula 1 de 2007.
Lewis Hamilton ficou em segundo e Geraldo Alonso em terceiro no campeonato.
Felipe Massa, que deu uma ajudaça pra vitória do Raikkonen, terminou a temporada em quarto.
Foi isso.
Galvão Bueno pode surpreender em Interlagos
Roncam os motores da bolsa de apostas GB de Interlagos 2007, ou seja, Galvão Bueno de Interlagos 2007.
Apostas que pagam bem:
- Galvão, durante a corrida de hoje, fará uma narração sem engasgos, sem citar corridas de 30 anos atrás, sem repetir 10 vezes seguidas frases como, “chegar é uma coisa, passar é outra”.
- Galvão não vai esguelar “vai Massa, vai Massa, vai Massa, vai Maaaaaaassa... quaaaseeeee...masficoooouuuu...”
- Galvão não vai esguelar “Rubinho agoooora vai, vai Rubinho, vai Rubinho, vai Ru......óóóóóóóó´....não deeeeuuuu...”
A aposta que segundo melhor paga é caso Galvão não berre:
- Haaaaaaaajaaaaaa coraçãããooooo!!!!!!!!!!!!!!!
Na reta de chegada a aposta que paga mais é MESMO quase impossível ser vencedora.
É para quem apostar que, caso Massa ganhe a Corrida, Galvão não diga, ufano-apoplético:
- É O BRASIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIILLLLLLLL!
A conferir.
Apostas que pagam bem:
- Galvão, durante a corrida de hoje, fará uma narração sem engasgos, sem citar corridas de 30 anos atrás, sem repetir 10 vezes seguidas frases como, “chegar é uma coisa, passar é outra”.
- Galvão não vai esguelar “vai Massa, vai Massa, vai Massa, vai Maaaaaaassa... quaaaseeeee...masficoooouuuu...”
- Galvão não vai esguelar “Rubinho agoooora vai, vai Rubinho, vai Rubinho, vai Ru......óóóóóóóó´....não deeeeuuuu...”
A aposta que segundo melhor paga é caso Galvão não berre:
- Haaaaaaaajaaaaaa coraçãããooooo!!!!!!!!!!!!!!!
Na reta de chegada a aposta que paga mais é MESMO quase impossível ser vencedora.
É para quem apostar que, caso Massa ganhe a Corrida, Galvão não diga, ufano-apoplético:
- É O BRASIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIILLLLLLLL!
A conferir.
sábado, 20 de outubro de 2007
Porquinho faz economia com carne podre
Deu no Tribuna Notícias das 19 horas de ontem:
A partir de denúncia de uma consumidora, o Procon Estadual do Espírito Santo, a Vigilância Sanitária da Serra e agentes da Delegacia de Defesa do Consumidor – DECON fiscalizaram ontem o Supemercado Dalmerry, em Jacaraípe, hiperpovoado balneário capixaba.
Resultado: encontradas mais de DUAS TONELADAS de carne DETERIORADA, que, segundo o telejornal, estavam estocadas no “frigorífico” do estabelecimento. Uma vala aberta de esgoto integrava o ambiente INTERNO do supermercado, fato explicado por funcionário da casa "porque o local aqui está em obras".
As carnes foram apreendidas, inutilizadas e lançadas num depósito de dejetos pela Vigilância Sanitária - que interditou o açougue.
O Procon Estadual apreendeu no mesmo estabelecimento em torno de 600 quilos de produtos distribuídos em cerca de 1.400 itens com validade vencida.
---------------------------
O símbolo dos Supermercados Dalmerry é um porquinho.
Sobre uma pilha de moedas douradas.
Muito bom.
A partir de denúncia de uma consumidora, o Procon Estadual do Espírito Santo, a Vigilância Sanitária da Serra e agentes da Delegacia de Defesa do Consumidor – DECON fiscalizaram ontem o Supemercado Dalmerry, em Jacaraípe, hiperpovoado balneário capixaba.
Resultado: encontradas mais de DUAS TONELADAS de carne DETERIORADA, que, segundo o telejornal, estavam estocadas no “frigorífico” do estabelecimento. Uma vala aberta de esgoto integrava o ambiente INTERNO do supermercado, fato explicado por funcionário da casa "porque o local aqui está em obras".
As carnes foram apreendidas, inutilizadas e lançadas num depósito de dejetos pela Vigilância Sanitária - que interditou o açougue.
O Procon Estadual apreendeu no mesmo estabelecimento em torno de 600 quilos de produtos distribuídos em cerca de 1.400 itens com validade vencida.
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O símbolo dos Supermercados Dalmerry é um porquinho.
Sobre uma pilha de moedas douradas.
Muito bom.
quinta-feira, 18 de outubro de 2007
Consumidor aciona duas vezes a Claro e juiz diz que multas aplicadas a empresas fazem “cosquinhas”
Por Marina Ito
“Se os pedidos são diferentes, o consumidor pode entrar com uma ação no Juizado Especial e, depois, com outra na Vara Cível contra o fornecedor de serviços. Ao julgar pedido de reparação por danos morais, a 16ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro entendeu legais as ações movidas por uma consumidora contra a operadora de celular Claro.
Segundo o desembargador Agostinho de Almeida Filho, quando a consumidora entrou com a ação no Juizado Especial pretendia se livrar da operadora e contestar faturas cobradas duas vezes. Na ação apresentada à 20ª Vara Cível do Rio, a consumidora pedia indenização por danos morais porque a Claro incluiu seu nome em cadastro restritivo de crédito.
A consumidora entrou com ação no Juizado devido a faturas cobradas em duplicidade. Fechado o acordo entre a consumidora e a operadora, confirmado pelo Juizado Especial, a Claro rescindiu o contrato e se comprometeu a cancelar qualquer cobrança referente aos números da ex-cliente. Meses depois, a consumidora descobriu que seu nome estava inscrito nos cadastros de restrição ao crédito por supostas dívidas com a operadora.
Em primeira instância, a Claro foi condenada a pagar R$ 10 mil por danos morais. A operadora e a consumidora recorreram. A Claro alegou que as ações apresentadas no Juizado Especial e na Vara Cível eram idênticas. A consumidora pediu o aumento do valor da reparação, entendendo que houve descumprimento da decisão do Juizado.
A 16ª Câmara atendeu ao pedido da consumidora e aumentou a indenização para R$ 20 mil, devido à negativação do nome da consumidora pela Claro. Para o desembargador Agostinho Filho, além da reparação, o valor deveria ter um caráter punitivo, já que esse tipo de erro é costumeiro. Além disso, a Claro só tentou se explicar depois de ter sido condenada em primeira instância. A decisão foi unânime.
O desembargador Lindolpho Morais Marinho afirmou que sempre ficou vencido quanto ao valor indenizatório. Isso porque fixava a reparação em quantias bem mais elevadas. Segundo o desembargador, as indenizações de valores baixos fazem “cosquinha” nas empresas.
Ele também rebateu dois pontos questionáveis quando se trata de valor do dano moral. O primeiro é o discurso de que os valores serão repassados aos consumidores com o aumento da tarifa. Nesse caso, o desembargador afirmou que cabe às agências reguladoras providenciar para que isso não aconteça. O outro se refere à reforma da condenação no Superior Tribunal de Justiça. Para ele, o STJ é que deve repensar o valor das indenizações.
Apelação Cível 2007.001.29.932”
Fonte: Revista Consultor Jurídico- 18 -10 – 07
“Se os pedidos são diferentes, o consumidor pode entrar com uma ação no Juizado Especial e, depois, com outra na Vara Cível contra o fornecedor de serviços. Ao julgar pedido de reparação por danos morais, a 16ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro entendeu legais as ações movidas por uma consumidora contra a operadora de celular Claro.
Segundo o desembargador Agostinho de Almeida Filho, quando a consumidora entrou com a ação no Juizado Especial pretendia se livrar da operadora e contestar faturas cobradas duas vezes. Na ação apresentada à 20ª Vara Cível do Rio, a consumidora pedia indenização por danos morais porque a Claro incluiu seu nome em cadastro restritivo de crédito.
A consumidora entrou com ação no Juizado devido a faturas cobradas em duplicidade. Fechado o acordo entre a consumidora e a operadora, confirmado pelo Juizado Especial, a Claro rescindiu o contrato e se comprometeu a cancelar qualquer cobrança referente aos números da ex-cliente. Meses depois, a consumidora descobriu que seu nome estava inscrito nos cadastros de restrição ao crédito por supostas dívidas com a operadora.
Em primeira instância, a Claro foi condenada a pagar R$ 10 mil por danos morais. A operadora e a consumidora recorreram. A Claro alegou que as ações apresentadas no Juizado Especial e na Vara Cível eram idênticas. A consumidora pediu o aumento do valor da reparação, entendendo que houve descumprimento da decisão do Juizado.
A 16ª Câmara atendeu ao pedido da consumidora e aumentou a indenização para R$ 20 mil, devido à negativação do nome da consumidora pela Claro. Para o desembargador Agostinho Filho, além da reparação, o valor deveria ter um caráter punitivo, já que esse tipo de erro é costumeiro. Além disso, a Claro só tentou se explicar depois de ter sido condenada em primeira instância. A decisão foi unânime.
O desembargador Lindolpho Morais Marinho afirmou que sempre ficou vencido quanto ao valor indenizatório. Isso porque fixava a reparação em quantias bem mais elevadas. Segundo o desembargador, as indenizações de valores baixos fazem “cosquinha” nas empresas.
Ele também rebateu dois pontos questionáveis quando se trata de valor do dano moral. O primeiro é o discurso de que os valores serão repassados aos consumidores com o aumento da tarifa. Nesse caso, o desembargador afirmou que cabe às agências reguladoras providenciar para que isso não aconteça. O outro se refere à reforma da condenação no Superior Tribunal de Justiça. Para ele, o STJ é que deve repensar o valor das indenizações.
Apelação Cível 2007.001.29.932”
Fonte: Revista Consultor Jurídico- 18 -10 – 07
quarta-feira, 17 de outubro de 2007
Vem aí a Lei do Lixo. Participe pra ficar limpeza beleza.
Após 20 anos de vassouradas pra lá e pra cá, chegou à Câmara dos Deputados Projeto de Lei que retende estabelecer uma Política Nacional de Gestão de Resíduos Sólidos.
“O cidadão precisa estar bem informado e atento durante todo o processo, pressionando o congressista que elegeu, principalmente durante a regulamentação da lei”, explica Elisabeth Grimberg, coordenadora da área de Ambiente Urbano do Instituto Pólis e coordenadora geral do Fórum Lixo e Cidadania da Cidade de São Paulo.
“A chance desse projeto não virar uma lei só no ‘papel’, cresce com o conhecimento da sociedade”, concorda Luciano Zica, secretário de Recursos Hídricos e Ambientes Urbanos do Ministério do Meio Ambiente.
Luciano diz ainda que “o sucesso da aprovação do projeto e principalmente de sua implementação no futuro, depende da participação do cidadão comum e da sociedade organizada”.
Então, brasileiros e brasileiros unidos pelo bem do lixo verde, amarelo, azul e branco, fiquem atentos e participem das – ainda mais – discussões durante a elaboração da Lei do Lixo.
O projeto da Nova Lei está disponível na íntegra para a consulta pública no saite do Congresso Nacional – Projeto de lei 1991/2007 - e no do Ministério do Meio Ambiente. No saite da Câmara o consumidor pode cadastrar-se e receber via e-mail as notícias sobre o desenrolar do Projeto. Faça seu cadastro aqui e aqui.
Com informações do Instituto Akatu - 17-10-07
“O cidadão precisa estar bem informado e atento durante todo o processo, pressionando o congressista que elegeu, principalmente durante a regulamentação da lei”, explica Elisabeth Grimberg, coordenadora da área de Ambiente Urbano do Instituto Pólis e coordenadora geral do Fórum Lixo e Cidadania da Cidade de São Paulo.
“A chance desse projeto não virar uma lei só no ‘papel’, cresce com o conhecimento da sociedade”, concorda Luciano Zica, secretário de Recursos Hídricos e Ambientes Urbanos do Ministério do Meio Ambiente.
Luciano diz ainda que “o sucesso da aprovação do projeto e principalmente de sua implementação no futuro, depende da participação do cidadão comum e da sociedade organizada”.
Então, brasileiros e brasileiros unidos pelo bem do lixo verde, amarelo, azul e branco, fiquem atentos e participem das – ainda mais – discussões durante a elaboração da Lei do Lixo.
O projeto da Nova Lei está disponível na íntegra para a consulta pública no saite do Congresso Nacional – Projeto de lei 1991/2007 - e no do Ministério do Meio Ambiente. No saite da Câmara o consumidor pode cadastrar-se e receber via e-mail as notícias sobre o desenrolar do Projeto. Faça seu cadastro aqui e aqui.
Com informações do Instituto Akatu - 17-10-07
terça-feira, 16 de outubro de 2007
Aborto: o que falta discutir
Por Ligia Martins de Almeida
“O fato de o aborto ser ilegal ou permitido parece não fazer diferença para as mulheres que querem interromper uma gravidez. A conclusão é da Organização Mundial de Saúde, que levantou dados em diferentes países onde o aborto é proibido e permitido por lei. A matéria, do New York Times, foi traduzida e publicada pelo jornal O Estado de São Paulo em 13/10/2007. Os principais pontos levantados:
*** As taxas de aborto são parecidas entre países onde a prática é legal e onde é ilegal.
*** A proibição do aborto não inibe sua prática. A taxa de aborto por 1.000 mulheres, em 2003, foi semelhante na maioria das grandes regiões do mundo - África, Europa e América Latina - ficando entre 25 e 35.
*** Em todo o mundo os abortos correspondem a 13% das mortes de mulheres durante a gravidez ou parto.
*** Cerca de 20 milhões de abortos que podem ser considerados inseguros são feitos todos os anos no mundo e 67 mil mulheres morrem por complicações decorrentes desta prática, a maioria em países em que o aborto é considerado ilegal.
*** O número total de abortos no mundo caiu de 46 milhões, em 1995, para 42 milhões em 2003 – redução de 8,7% em oito anos.
*** A melhor forma de diminuir as taxas de aborto não é considerá-lo ilegal, mas tornar os métodos anticonceptivos mais disponíveis.
A publicação da pesquisa – e a defesa feita pela OMS da maior divulgação da anticonceptivos - certamente vai levantar novamente a discussão sobre descriminalização do aborto no Brasil.
O tema foi discutido pelo ministro da Saúde no início do ano, como lembrou O Estado de São Paulo num box de complementação da matéria: "De acordo com pesquisas acadêmicas, são feitos cerca de 1 milhão de abortos ilegais todos os anos no Brasil e cerca de 270 mil mulheres são internadas no Sistema Único de Saúde com complicações decorrentes disso".
Distribuição de anticoncepcionais
Talvez esteja na hora da imprensa discutir o assunto sob outro enfoque: em vez de perguntar se o aborto deve ser proibido ou liberado, é hora de perguntar como anda a distribuição de anticoncepcionais para as populações carentes no Brasil.
Seria interessante verificar se o ministro, ao propor a descriminalização do aborto, não está distraindo a atenção do público para o verdadeiro problema: o que o governo está fazendo para impedir que as mulheres, frente à gravidez indesejada, acabem optando pela prática do aborto. O que falta a estas mulheres: informação ou acesso aos anticoncepcionais?
Seria oportuno fazer uma conta para verificar quanto o governo economizaria se distribuísse anticoncepcionais a todas as mulheres que precisam, comparando com o custo de procedimentos do SUS para tentar remediar o problema e, principalmente, quantas mortes poderiam ser evitadas se a população carente tivesse a informação e os cuidados necessários para evitar o aborto.
Seria mais interessante ainda verificar se uma forte campanha de educação das mulheres mais pobres - sobre gravidez e maternidade - poderia acabar com o assassinato de crianças que são jogadas no lixo, nos rios e nas cisternas, porque as mães, despreparadas e desequilibradas, optam pela solução criminosa. Porque não tiveram escolha entre ter ou não ter filhos.”
Fonte: Observatório da Imprensa – 16-10-07
“O fato de o aborto ser ilegal ou permitido parece não fazer diferença para as mulheres que querem interromper uma gravidez. A conclusão é da Organização Mundial de Saúde, que levantou dados em diferentes países onde o aborto é proibido e permitido por lei. A matéria, do New York Times, foi traduzida e publicada pelo jornal O Estado de São Paulo em 13/10/2007. Os principais pontos levantados:
*** As taxas de aborto são parecidas entre países onde a prática é legal e onde é ilegal.
*** A proibição do aborto não inibe sua prática. A taxa de aborto por 1.000 mulheres, em 2003, foi semelhante na maioria das grandes regiões do mundo - África, Europa e América Latina - ficando entre 25 e 35.
*** Em todo o mundo os abortos correspondem a 13% das mortes de mulheres durante a gravidez ou parto.
*** Cerca de 20 milhões de abortos que podem ser considerados inseguros são feitos todos os anos no mundo e 67 mil mulheres morrem por complicações decorrentes desta prática, a maioria em países em que o aborto é considerado ilegal.
*** O número total de abortos no mundo caiu de 46 milhões, em 1995, para 42 milhões em 2003 – redução de 8,7% em oito anos.
*** A melhor forma de diminuir as taxas de aborto não é considerá-lo ilegal, mas tornar os métodos anticonceptivos mais disponíveis.
A publicação da pesquisa – e a defesa feita pela OMS da maior divulgação da anticonceptivos - certamente vai levantar novamente a discussão sobre descriminalização do aborto no Brasil.
O tema foi discutido pelo ministro da Saúde no início do ano, como lembrou O Estado de São Paulo num box de complementação da matéria: "De acordo com pesquisas acadêmicas, são feitos cerca de 1 milhão de abortos ilegais todos os anos no Brasil e cerca de 270 mil mulheres são internadas no Sistema Único de Saúde com complicações decorrentes disso".
Distribuição de anticoncepcionais
Talvez esteja na hora da imprensa discutir o assunto sob outro enfoque: em vez de perguntar se o aborto deve ser proibido ou liberado, é hora de perguntar como anda a distribuição de anticoncepcionais para as populações carentes no Brasil.
Seria interessante verificar se o ministro, ao propor a descriminalização do aborto, não está distraindo a atenção do público para o verdadeiro problema: o que o governo está fazendo para impedir que as mulheres, frente à gravidez indesejada, acabem optando pela prática do aborto. O que falta a estas mulheres: informação ou acesso aos anticoncepcionais?
Seria oportuno fazer uma conta para verificar quanto o governo economizaria se distribuísse anticoncepcionais a todas as mulheres que precisam, comparando com o custo de procedimentos do SUS para tentar remediar o problema e, principalmente, quantas mortes poderiam ser evitadas se a população carente tivesse a informação e os cuidados necessários para evitar o aborto.
Seria mais interessante ainda verificar se uma forte campanha de educação das mulheres mais pobres - sobre gravidez e maternidade - poderia acabar com o assassinato de crianças que são jogadas no lixo, nos rios e nas cisternas, porque as mães, despreparadas e desequilibradas, optam pela solução criminosa. Porque não tiveram escolha entre ter ou não ter filhos.”
Fonte: Observatório da Imprensa – 16-10-07
segunda-feira, 15 de outubro de 2007
Jornalista capixaba José Caldas da Costa ganha Prêmio Vladimir Herzog
Abri há pouco e-mail de um exultante José Caldas da Costa.
Tem mesmo que estar cheio de dentes o popular Zé Caldas, pois na tarde de hoje recebeu telefonema do Sindijornalistas/SP com a informação que ele, o Zé Caldas, ganhou o respeitadíssimo Prêmio Vladimir Herzog/Melhor Livro-Reportagem de 2007.
Esse livro-reportagem é Caparaó - a primeira guerrilha contra a ditadura,que recebeu comentário neste Blogracio, quando foi lançado em Vitória.
O post (20-06-2007)sobre o lançamento teve o título A quase esquecida guerrilha do Caparaó resiste em livro
Quem quiser adquirir a agora premiada e referencial obra do José Caldas pode fazer isso por aqui, na Boitempo Editorial.
Isso aí, grande Zé Caldas!
Colocou suas linhas na história, literalmente.
Tem mesmo que estar cheio de dentes o popular Zé Caldas, pois na tarde de hoje recebeu telefonema do Sindijornalistas/SP com a informação que ele, o Zé Caldas, ganhou o respeitadíssimo Prêmio Vladimir Herzog/Melhor Livro-Reportagem de 2007.
Esse livro-reportagem é Caparaó - a primeira guerrilha contra a ditadura,que recebeu comentário neste Blogracio, quando foi lançado em Vitória.
O post (20-06-2007)sobre o lançamento teve o título A quase esquecida guerrilha do Caparaó resiste em livro
Quem quiser adquirir a agora premiada e referencial obra do José Caldas pode fazer isso por aqui, na Boitempo Editorial.
Isso aí, grande Zé Caldas!
Colocou suas linhas na história, literalmente.
sábado, 13 de outubro de 2007
2025, o ano em que vocês farão contato com extraterrestres. Eu, já cheguei
Nos Estados Unidos, país com grande determinação de acabar com a vida neste planetinha, paradoxalmente já opera o ATA - Allen Telescope Array.
É um sistema que vai analisar de mais de um milhão de sistemas estelares na tentativa de registrar sinais de rádio gerados por extraterrestres.
Os criadores esperam que até 2025 o ATA, no Observatório Hat Creek, de São Francisco, seja capaz de identificar sinais irrefutáveis de vida alienígena.
Sinais de rádio, entendeu?
O que significa, caso detectados pelo ATA, que terão sido transmitidos por seres inteligentes. Talvez com a forma de ameba ou barata, o que não invalida serem vidas muito dedicadas à eletrônica.
Quando perguntou se acredito em extraterrestres, discos-voadores, essas coisas que incomodam todo tipo de livros religiosos “sagrados”, Vicente, assustado, guardou para o tempo infinito minha resposta:
- Você acha que sou verde por que e que cheguei aqui como?
Bem. Agora, é só ouvir rádio por mais 18 anos terráqueos, o que não é nada para milhões de anos-luz, e aguardar notícias do meu pessoal :>)
É um sistema que vai analisar de mais de um milhão de sistemas estelares na tentativa de registrar sinais de rádio gerados por extraterrestres.
Os criadores esperam que até 2025 o ATA, no Observatório Hat Creek, de São Francisco, seja capaz de identificar sinais irrefutáveis de vida alienígena.
Sinais de rádio, entendeu?
O que significa, caso detectados pelo ATA, que terão sido transmitidos por seres inteligentes. Talvez com a forma de ameba ou barata, o que não invalida serem vidas muito dedicadas à eletrônica.
Quando perguntou se acredito em extraterrestres, discos-voadores, essas coisas que incomodam todo tipo de livros religiosos “sagrados”, Vicente, assustado, guardou para o tempo infinito minha resposta:
- Você acha que sou verde por que e que cheguei aqui como?
Bem. Agora, é só ouvir rádio por mais 18 anos terráqueos, o que não é nada para milhões de anos-luz, e aguardar notícias do meu pessoal :>)
sexta-feira, 12 de outubro de 2007
God save the Queen e o papel higiênico
Há uns dias, palestrante num seminário perguntou à platéia:
- Alguém aqui já teve o trabalho de medir um rolo de papel higiênico para verificar se tem MESMO 30 MEEETROS?
Levantei o indicador direito por um brevíssimo momento e pronunciei um discreto
- Eu, já.(*link abaixo)
Prudente o moço ignorou meus sinaletes.
--------------------------------------------------
Sobre papel higiênico, ingleses e ecologia:
A consciência ambiental está em transe na Inglaterra com generosos elogios a um restaurante. Elogios até de jornalões como The Times, Independent e Observer. Esse último considera o restaurante Acorn House, em Londres, como o "mais ético da Grã-Bretanha".
O Acorn House propala que só usa ingredientes sustentáveis e de produtores independentes (que é isso?). Penso que produtores dependentes (que é isso?) podem também oferecer coisas “sustentáveis”, mas, vamos lá.
A londrina casa de repastos informa que procura usar apenas fontes renováveis de energia e que suas sobras são transformadas em adubo ou lixo reciclável. Nada de oferecer as sobras para esfomeados, não deve ser postura ecológica.
Porém, o sonho trufado de Arthur Pott-Dawson, chef do Acorn House, é abolir o uso de papel higiênico no seu restaurante ecológico.
Para preservar árvores que produzem papel, inclusive higiênico, Arthur Pott-Dawson imagina utilizar um método japonês para as pós, pós...pós... pós-cagadas. Desculpem.
Pott-Dawson, esperançoso, lembra que os japoneses usam um sistema que é “como um bidê, que lava e depois seca você, é como um secador de cabelo."
Primeiro, entenda, Arthur, cabelo não é bunda.
Segundo, o “bidê japonês” utiliza água e eletricidade, mas você, Arthur, insiste que é possível usar eletricidade produzida por fontes renováveis.
O problema, Pott-Dawson, é que eletricidade não é tempero confiável para traseiros.
Há uns meses uns “bidês japoneses” PEGARAM FOGO na terra do sol nascente e foi um trabalhão impedir que fossem esturricados centenas de milhares de tôios nipônicos (**link abaixo).
Então, tudo bem, tudo ecológico, tudo sustentável, tudo à luz de velas, tudo saudável, mas, Pott-Dawson, para a limpeza do meu, do seu, dos nossos rabitos, recomendo MESMO é papel higiênico. Floridos, pardacentos, finos, espessos, caros e baratos, em cores ou só brancos, tem papel higiênico de todo tipo e até com 30 metros. Eu medi.
E estou certo que não é o uso de papel higiênico que irá colocar seres humanos em risco fatal. Mais perigosos são tiros como os que policiais britânicos deram para matar o brasileiro - um latino! - Jean Charles de Menezes.
Pensando bem, acho que Pott-Dawson não lembrou de adotar JORNAIS como papel rabal. Taí, Arthur, bota jornal nos banheiros do Acorn House. Tem mesmo muito jornal que PRECISA servir para alguma coisa decente, higiênica.
Como usa o new-journalism, “afinal” dá um trabalhão danado fazer jornal!
--------------------------------------
* De baixo para cima, é o quinto artigo. Role no monitor até encontrar “Resultado da medição de rolos de papel higiênico pelo D.Mariametro”, aqui.
** “Perigo de fogo na bunda leva japoneses a reparo de privadas”, aqui.
- Alguém aqui já teve o trabalho de medir um rolo de papel higiênico para verificar se tem MESMO 30 MEEETROS?
Levantei o indicador direito por um brevíssimo momento e pronunciei um discreto
- Eu, já.(*link abaixo)
Prudente o moço ignorou meus sinaletes.
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Sobre papel higiênico, ingleses e ecologia:
A consciência ambiental está em transe na Inglaterra com generosos elogios a um restaurante. Elogios até de jornalões como The Times, Independent e Observer. Esse último considera o restaurante Acorn House, em Londres, como o "mais ético da Grã-Bretanha".
O Acorn House propala que só usa ingredientes sustentáveis e de produtores independentes (que é isso?). Penso que produtores dependentes (que é isso?) podem também oferecer coisas “sustentáveis”, mas, vamos lá.
A londrina casa de repastos informa que procura usar apenas fontes renováveis de energia e que suas sobras são transformadas em adubo ou lixo reciclável. Nada de oferecer as sobras para esfomeados, não deve ser postura ecológica.
Porém, o sonho trufado de Arthur Pott-Dawson, chef do Acorn House, é abolir o uso de papel higiênico no seu restaurante ecológico.
Para preservar árvores que produzem papel, inclusive higiênico, Arthur Pott-Dawson imagina utilizar um método japonês para as pós, pós...pós... pós-cagadas. Desculpem.
Pott-Dawson, esperançoso, lembra que os japoneses usam um sistema que é “como um bidê, que lava e depois seca você, é como um secador de cabelo."
Primeiro, entenda, Arthur, cabelo não é bunda.
Segundo, o “bidê japonês” utiliza água e eletricidade, mas você, Arthur, insiste que é possível usar eletricidade produzida por fontes renováveis.
O problema, Pott-Dawson, é que eletricidade não é tempero confiável para traseiros.
Há uns meses uns “bidês japoneses” PEGARAM FOGO na terra do sol nascente e foi um trabalhão impedir que fossem esturricados centenas de milhares de tôios nipônicos (**link abaixo).
Então, tudo bem, tudo ecológico, tudo sustentável, tudo à luz de velas, tudo saudável, mas, Pott-Dawson, para a limpeza do meu, do seu, dos nossos rabitos, recomendo MESMO é papel higiênico. Floridos, pardacentos, finos, espessos, caros e baratos, em cores ou só brancos, tem papel higiênico de todo tipo e até com 30 metros. Eu medi.
E estou certo que não é o uso de papel higiênico que irá colocar seres humanos em risco fatal. Mais perigosos são tiros como os que policiais britânicos deram para matar o brasileiro - um latino! - Jean Charles de Menezes.
Pensando bem, acho que Pott-Dawson não lembrou de adotar JORNAIS como papel rabal. Taí, Arthur, bota jornal nos banheiros do Acorn House. Tem mesmo muito jornal que PRECISA servir para alguma coisa decente, higiênica.
Como usa o new-journalism, “afinal” dá um trabalhão danado fazer jornal!
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* De baixo para cima, é o quinto artigo. Role no monitor até encontrar “Resultado da medição de rolos de papel higiênico pelo D.Mariametro”, aqui.
** “Perigo de fogo na bunda leva japoneses a reparo de privadas”, aqui.
Algaravia e mudez
Está certo,
falo muito.
Em compensação,
quando calado,
mantenho
completo
silêncio.
Ouviu?
falo muito.
Em compensação,
quando calado,
mantenho
completo
silêncio.
Ouviu?
segunda-feira, 8 de outubro de 2007
Ai, ai, ai, iPod é fogo
O iPod tem uma bateria de lítio que, desde 2005, carrega um bom histórico de causadora de fogo em laptops.
Nessa segunda-feira, 8, faiscaram pequenas notas na internet com a informação que desta vez o fogo surgiu, por uns quentes 15 segundos, no iPod nano que estava num bolso da camisa do norte-americano Danny Williams, de Atlanta.
O moço acredita que uma folha de papel brilhante (!) que carregava no bolso impediu que o fogo se alastrasse.
Não comentou o assuntou a Apple, fabricante do iPod nano que resolveu dar uma esquentada no peito do Danny, mas segundo Elaine, mãe do mesmo Danny, a empresa remeteu para seu filho uma embalagem para a devolução do tostado tocador de músicas em MP3 e, após isso, forneceria um novo.
Mas, fica o alerta para os iPodeiros.
É fogo.
(Post atualizado às 07h35-09/10/07)
Nessa segunda-feira, 8, faiscaram pequenas notas na internet com a informação que desta vez o fogo surgiu, por uns quentes 15 segundos, no iPod nano que estava num bolso da camisa do norte-americano Danny Williams, de Atlanta.
O moço acredita que uma folha de papel brilhante (!) que carregava no bolso impediu que o fogo se alastrasse.
Não comentou o assuntou a Apple, fabricante do iPod nano que resolveu dar uma esquentada no peito do Danny, mas segundo Elaine, mãe do mesmo Danny, a empresa remeteu para seu filho uma embalagem para a devolução do tostado tocador de músicas em MP3 e, após isso, forneceria um novo.
Mas, fica o alerta para os iPodeiros.
É fogo.
(Post atualizado às 07h35-09/10/07)
sábado, 6 de outubro de 2007
DG e mais um grafismo do CHE
Em 9 de outubro de 2007 a morte de Che Guevara completa 40 anos.
Foi Alberto Korda, cubano, o autor da famosíssima foto que mostra o Che com uma boina onde flutua uma estrela. A fotografia foi obtida em 5 de maio de 1960, durante o funeral de vítimas da explosão do navio Coubre, no porto de Havana.
Neste grafismo, aí em cima, que fiz, aparece outra foto, menos conhecida, de Guevara. No flagrante original Fidelão aparece à direita - naturalmente - do Che.
Recortei o perfil do moço que morreu fuzilado aos 39 anos ao querer e lutar para que o mundo fosse algo mais que um BigMac, sapequei um fundo rubraço e nesse fundo escrevi CHE, com o tipo Haettenschweiler.
Tem um DG quase escondido na montagem. Espero que deixem essa mosquinha nas eventuais reproduções. Se não, tudo bem. Modéstia.
Copiem e usem onde e como desejarem. Ou não. Bobo imaterialista sempre, desde já cedo universalmente todos os direitos autorais pelo grafismo que criei e disponibilizo aqui.
ACHO que a foto que utilizei na montagem é, como a da boina estrelada, do Alberto Korda.
Acreditava em boas causas o Alberto e estou certo que ele não ficaria bravo com o uso de mais esse trabalho, suponho, seu.
Saúde.
Este post é dedicado, in memorian, a Luzimar Nogueira Dias.
Foi Alberto Korda, cubano, o autor da famosíssima foto que mostra o Che com uma boina onde flutua uma estrela. A fotografia foi obtida em 5 de maio de 1960, durante o funeral de vítimas da explosão do navio Coubre, no porto de Havana.
Neste grafismo, aí em cima, que fiz, aparece outra foto, menos conhecida, de Guevara. No flagrante original Fidelão aparece à direita - naturalmente - do Che.Recortei o perfil do moço que morreu fuzilado aos 39 anos ao querer e lutar para que o mundo fosse algo mais que um BigMac, sapequei um fundo rubraço e nesse fundo escrevi CHE, com o tipo Haettenschweiler.
Tem um DG quase escondido na montagem. Espero que deixem essa mosquinha nas eventuais reproduções. Se não, tudo bem. Modéstia.
Copiem e usem onde e como desejarem. Ou não. Bobo imaterialista sempre, desde já cedo universalmente todos os direitos autorais pelo grafismo que criei e disponibilizo aqui.
ACHO que a foto que utilizei na montagem é, como a da boina estrelada, do Alberto Korda.
Acreditava em boas causas o Alberto e estou certo que ele não ficaria bravo com o uso de mais esse trabalho, suponho, seu.
Saúde.
Este post é dedicado, in memorian, a Luzimar Nogueira Dias.
Ig Nobel 2007 premia "bomba-gay" das forças armadas norte-americanas
Há mais ciência nas cousas que nas lousas.
Essa frase célebre que acabei de criar tenta sintetizar o que é o Ig Nobel.
Ig Nobel é uma premiação, criada em 1991, destinada a idéias que “primeiro fazem a pessoa rir e depois pensar". Para você dimensionar a importância do bem-humorado Ig Nobel, sua cerimônia de premiação deste 2007 aconteceu na última quinta-feira, 4, na Universidade de Harvard, Estados Unidos.
Vencedores de fato do Prêmio Nobel - aquele dito "sério" - entregam as estatuetas do Ig Nobel - feitas à mão – e diplomas aos vencedores.
Entre as premiações de 2007 explodiu a "bomba gay". Essa arma, química, promete – ou ameaça - fazer com que soldados inimigos se tornem, todos, de ambos os lados, "sexualmente irresistíveis". Literalmente, uma arma que pode dar no que der.
Infelizmente, ninguém das forças armadas (ala aérea) norte-americanas representando os pesquisadores da "bomba gay" compareceu à cerimônia. Os organizadores do Ig Nobel declararam, frustrados, que os autores do estudo não puderam ser localizados.
A seguir, vencedores do Ig Nobel de 2007 em diversas áreas de insuspeito conhecimento humano.
----------------------------
Medicina - Brain Witcombe e Dan Meyer; um estudo sobre as conseqüências de se engolir uma espada.
Física - Chileno-americanos pesquisaram o problema de como lençóis ficam enrugados.
Biologia - Johanna van Bronswijk, holandesa, premiada por um censo de insetos, aranhas, fungos e outros seres adoráveis que dividem camas conosco.
Química - O japonês Mayu Yamamoto desenvolveu um método que extrai, de cocô bovino, fragrância de baunilha.
Lingüística – Esforçada equipe da Universidade de Barcelona provou que ratos não conseguem distinguir entre alguém que fala japonês de trás para frente de outra pessoa que fala holandês da mesma forma.
Literatura – A australiana Glenda Browne levou o Ig Nobel graças a seu estudo sobre o artigo "the" (o, os, a, as, em português) e seu tratamento por pessoas que querem colocar as coisas em ordem alfabética. Tentem.
Paz - Laboratório Wright da Força Aérea dos Estados Unidos, por pesquisa e desenvolvimento de arma química ("gay bomb") que provocaria comportamento homossexual generalizado entre soldados inimigos.
Nutrição - Brian Wansink, da Universidade Cornell, premiado por investigar os limites do apetite humano ao oferecer a voluntários um prato de sopa. Que nunca é esvaziado. Tentador.
Economia - Kuo Cheng Hsieh, de Taiwan foi ig noblizado por patentear uma engenhoca que PODE pegar ladrões de banco ao lançar uma REDE para prender os delinqüentes.
Nota: Este Blogracio lamenta que ninguém tenha inventado ainda uma rede especial para prender BANQUEIROS. Mas, com pesquisa e paciência, chegaremos lá.
Aviação – Argentinos da Universidade Nacional de Quilmes levaram o Ig Nobel por descobrir que remédios contra a impotência podem levar hamsters a se recuperarem de jet-lag.
----------------------------
O site oficial do Ig Nobel - em inglês ignóbil – é o Improbable Research
quarta-feira, 3 de outubro de 2007
Revista mira Guevara e dá tiro no pé
Por Celso Lungaretti, no Observatório da Imprensa, em 2/10/2007
“Os 40 anos da morte de Ernesto Guevara Lynch de la Serna, a se completarem em 9 outubro, dão ensejo a uma nova temporada de caça ao mito Che Guevara por parte da imprensa reacionária, começando por Veja, que acaba de produzir uma das matérias de capa mais tendenciosas de sua trajetória.
‘Veja conversou com historiadores, biógrafos, antigos companheiros de Che na guerrilha e no governo cubano na tentativa de entender como o rosto de um apologista da violência, voluntarioso e autoritário, foi parar no biquíni de Gisele Bündchen, no braço de Maradona, na barriga de Mike Tyson, em pôsteres e camisetas’, afirma a revista, numa admissão involuntária de que não praticou jornalismo, mas, tão-somente, produziu uma peça de propaganda anticomunista, mais apropriada para os tempos da guerra fria do que para a época atual, quando já se pode olhar de forma desapaixonada e analítica para os acontecimentos dos anos de chumbo.
Não houve, em momento algum, a intenção de se fazer justiça ao homem e dimensionar o mito. A avaliação negativa precedeu e orientou a garimpagem dos elementos comprobatórios. Tratou-se apenas de coletar, em todo o planeta, quaisquer informações, boatos, deturpações, afirmações invejosas, difamações, calúnias e frases soltas que pudessem ser utilizadas na montagem de uma furibunda catilinária contra o personagem histórico Ernesto Guevara, com o propósito assumido de se demonstrar que o mito Che Guevara seria uma farsa.
Raciocínio tortuoso
Assim, por exemplo, a Veja faz um verdadeiro contorcionismo retórico para tentar tornar crível que, ao ser preso, o comandante guerrilheiro teria dito: "Não disparem. Sou Che. Valho mais vivo do que morto". Ora, uma frase tão discrepante de tudo que se conhece sobre a personalidade de Guevara jamais poderá ser levada a sério tendo como única fonte a palavra de quem posou como seu captor, um capitão do Exército boliviano (na verdade, eram oficiais estadunidenses que comandavam a caçada).
É tão inverossímil e pouco confiável quanto a "sei quando perco" atribuída a Carlos Lamarca, também capturado com vida e abatido como um animal pelas forças repressivas.
E são simplesmente risíveis as lágrimas de crocodilo que a Veja derrama sobre o túmulo dos "49 jovens inexperientes recrutas que faziam o serviço militar obrigatório na Bolívia" e morreram perseguindo os guerrilheiros. Além de combater um inimigo que tinha esmagadora superioridade de forças e incluía combatentes de elite da maior potência militar do planeta, Guevara ainda deveria ordenar a seus comandados que fizessem uma cuidadosa triagem dos alvos, só disparando contra oficiais...
É o mesmo raciocínio tortuoso que a extrema-direita utiliza para tentar fazer crer que a morte de seus dois únicos e involuntários mártires (Mário Kozel Filho e Alberto Mendes Jr.) tenha tanto peso quanto a de quatro centenas de idealistas que arriscaram conscientemente a vida e a liberdade na resistência à tirania, confrontando a ditadura mais brutal que o Brasil conheceu.
Exercício de jus esperneandi
Típica também – e não por acaso – da retórica das "viúvas da ditadura" é esta afirmação da Veja sobre o legado de Guevara: "No rastro de suas concepções de revolução pela revolução, a América Latina foi lançada em um banho de sangue e uma onda de destruição ainda não inteiramente avaliada e, pior, não totalmente assentada. O mito em torno de Che constitui-se numa muralha que impediu até agora a correta observação de alguns dos mais desastrosos eventos da história contemporânea das Américas".
Assim, a onda revolucionária que se avolumou na América Latina durante as décadas de 1960 e 1970 teria como causa "as concepções de revolução pela revolução" de Guevara e não a miséria, a degradação e o despotismo a que eram submetidos seus povos. E a responsabilidade pelos banhos de sangue com que as várias ditaduras sufocaram anseios de liberdade e justiça social caberia às vítimas, não aos carrascos.
É o que a propaganda enganosa dos sites fascistas martela dia e noite, tentando desmentir o veredicto definitivo da História sobre os Médicis e Pinochets, que protagonizaram "alguns dos mais desastrosos eventos da história contemporânea das Américas".
Não existe muralha alguma impedindo a correta observação desses episódios, tanto que ela já foi feita pelos historiadores mais conceituados e por braços do Estado brasileiro como as comissões de Anistia e de Mortos e Desaparecidos Políticos. Há, isto sim, a relutância dos verdugos, de seus cúmplices e de seus seguidores, em aceitarem a verdade histórica indiscutível.
E a matéria de capa da Veja não passa de mais um exercício do jus esperneandi a que se entregam os que têm esqueletos no armário e os que anseiam por uma recaída totalitária, com os eventos desastrosos e os banhos de sangue correspondentes.”
Fonte: Observatório da Imprensa – 2/10/07
“Os 40 anos da morte de Ernesto Guevara Lynch de la Serna, a se completarem em 9 outubro, dão ensejo a uma nova temporada de caça ao mito Che Guevara por parte da imprensa reacionária, começando por Veja, que acaba de produzir uma das matérias de capa mais tendenciosas de sua trajetória.
‘Veja conversou com historiadores, biógrafos, antigos companheiros de Che na guerrilha e no governo cubano na tentativa de entender como o rosto de um apologista da violência, voluntarioso e autoritário, foi parar no biquíni de Gisele Bündchen, no braço de Maradona, na barriga de Mike Tyson, em pôsteres e camisetas’, afirma a revista, numa admissão involuntária de que não praticou jornalismo, mas, tão-somente, produziu uma peça de propaganda anticomunista, mais apropriada para os tempos da guerra fria do que para a época atual, quando já se pode olhar de forma desapaixonada e analítica para os acontecimentos dos anos de chumbo.
Não houve, em momento algum, a intenção de se fazer justiça ao homem e dimensionar o mito. A avaliação negativa precedeu e orientou a garimpagem dos elementos comprobatórios. Tratou-se apenas de coletar, em todo o planeta, quaisquer informações, boatos, deturpações, afirmações invejosas, difamações, calúnias e frases soltas que pudessem ser utilizadas na montagem de uma furibunda catilinária contra o personagem histórico Ernesto Guevara, com o propósito assumido de se demonstrar que o mito Che Guevara seria uma farsa.
Raciocínio tortuoso
Assim, por exemplo, a Veja faz um verdadeiro contorcionismo retórico para tentar tornar crível que, ao ser preso, o comandante guerrilheiro teria dito: "Não disparem. Sou Che. Valho mais vivo do que morto". Ora, uma frase tão discrepante de tudo que se conhece sobre a personalidade de Guevara jamais poderá ser levada a sério tendo como única fonte a palavra de quem posou como seu captor, um capitão do Exército boliviano (na verdade, eram oficiais estadunidenses que comandavam a caçada).
É tão inverossímil e pouco confiável quanto a "sei quando perco" atribuída a Carlos Lamarca, também capturado com vida e abatido como um animal pelas forças repressivas.
E são simplesmente risíveis as lágrimas de crocodilo que a Veja derrama sobre o túmulo dos "49 jovens inexperientes recrutas que faziam o serviço militar obrigatório na Bolívia" e morreram perseguindo os guerrilheiros. Além de combater um inimigo que tinha esmagadora superioridade de forças e incluía combatentes de elite da maior potência militar do planeta, Guevara ainda deveria ordenar a seus comandados que fizessem uma cuidadosa triagem dos alvos, só disparando contra oficiais...
É o mesmo raciocínio tortuoso que a extrema-direita utiliza para tentar fazer crer que a morte de seus dois únicos e involuntários mártires (Mário Kozel Filho e Alberto Mendes Jr.) tenha tanto peso quanto a de quatro centenas de idealistas que arriscaram conscientemente a vida e a liberdade na resistência à tirania, confrontando a ditadura mais brutal que o Brasil conheceu.
Exercício de jus esperneandi
Típica também – e não por acaso – da retórica das "viúvas da ditadura" é esta afirmação da Veja sobre o legado de Guevara: "No rastro de suas concepções de revolução pela revolução, a América Latina foi lançada em um banho de sangue e uma onda de destruição ainda não inteiramente avaliada e, pior, não totalmente assentada. O mito em torno de Che constitui-se numa muralha que impediu até agora a correta observação de alguns dos mais desastrosos eventos da história contemporânea das Américas".
Assim, a onda revolucionária que se avolumou na América Latina durante as décadas de 1960 e 1970 teria como causa "as concepções de revolução pela revolução" de Guevara e não a miséria, a degradação e o despotismo a que eram submetidos seus povos. E a responsabilidade pelos banhos de sangue com que as várias ditaduras sufocaram anseios de liberdade e justiça social caberia às vítimas, não aos carrascos.
É o que a propaganda enganosa dos sites fascistas martela dia e noite, tentando desmentir o veredicto definitivo da História sobre os Médicis e Pinochets, que protagonizaram "alguns dos mais desastrosos eventos da história contemporânea das Américas".
Não existe muralha alguma impedindo a correta observação desses episódios, tanto que ela já foi feita pelos historiadores mais conceituados e por braços do Estado brasileiro como as comissões de Anistia e de Mortos e Desaparecidos Políticos. Há, isto sim, a relutância dos verdugos, de seus cúmplices e de seus seguidores, em aceitarem a verdade histórica indiscutível.
E a matéria de capa da Veja não passa de mais um exercício do jus esperneandi a que se entregam os que têm esqueletos no armário e os que anseiam por uma recaída totalitária, com os eventos desastrosos e os banhos de sangue correspondentes.”
Fonte: Observatório da Imprensa – 2/10/07
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