sábado, 5 de maio de 2007

Blog aberto a Pedro Maia, imperador da Barra do Jucu

Pedro Maia, um dos melhores jornalistas policiais que já labutaram na imprensa brasileira, há bom tempo deixou de reportar tiroteios e tramas e virou cronista em A Tribuna, de Vitória.

Cidade Aberta, assinada pelo Pedrão, registra movimentos de hoje e ontem da vida capixaba e nacional em vários aspectos com fino humor, ironia e, quando necessário, contundência acachapante e irrespondível.

Ao ler a edição de A Tribuna deste sábado, 5 de maio de 2007, deixei por último, como sempre faço, a degustação da crônica do Pedrão, hoje com o título "Segredo de baiano".
Ao desejum, quando soletrei meu nome no texto do Pedro Maia, quase engasguei com as pimentas que coloco no cereal regado a dendê e leite de coco.
Pois o sacanetaço Pedro Maia resolveu contar o episódio, secular, em que convidei uma turma para saborear uns acarajés que eu iria preparar.

Aconteceu que o feijão fradinho que comprei na Vila Rubim para fazer os acarajés, parece, tinha algum defeito de fabricação. Ou plantação, sei lá.

Tanto que não consegui, depois de muito tentar, descascar com a devida competência os feijões necessários aos acarajés.
Pedrão contou verdade. O que era pra ser almoço já estava sendo transferido para jantar e então o pessoal, devidamente abastecido a álcool, resolveu ir comer noutro lugar.

Quase ao final da sua crônica o Pedro Maia diz que "baianos são bons de cozinha mas ruins para ensinar." Aí, discordo. Baianos não são ruins "para ensinar".

Baiano ensina e aprende bem, mas às vezes tem que lidar com questões como grãos de feijão fradinho que apresentam problemas estruturais exógenos, algo deveras complexo. Só isso.

"Baiano burro garanto que nasce morto"
, já cantou Waldeck Artur de Macedo, o Gordurinha.
Desculpem.

Pedrão, meu amigo, imperador da Barra do Jucu. Descascar feijões, depois daquela, não tentei mais .

Em compensação, aqui no Espírito Santo, foi onde melhor aprendi a descascar abacaxis. Além disso, aprendi a raspar mamão verde, o que exige muito mais aprendizado, paciência e habilidade.
Não é descascar, a receita diz raspar, com uma faca, a casca do mamão verde.

Certa manhã de sábado atrasei muuuito o almoço porque decidi que ou eu raspava com uma faca a casca de um mamão verde, para fazer um ensopado da fruta ou, radical, iria comer a josta do mamão verde, cru. Cru, eu disse.
Raspei o mamão, fiz o ensopado, mas por uns dias precisei passar Calminex, versão animal, nos meus poderosos bíceps.

Serviu o exercíco pois, a partir desse esforço, cada vez que fico diante de situação complicada mentalizo "é só mais um mamãozinho verde pra raspar a casca" e vou em frente.

Pedrão. Foi uma honra ser objeto de apreciação pública através da sua coluna, a patrimonial Cidade Aberta. Todos sabem que entrar e sair, somente com leves escoriações, das suas linhas e entrelinhas, é mais difícil que raspar casca de mamão verde.

Valeu, Pedraço.

Um comentário:

GORDURINHA NETO disse...

oi sou neto de gordurinha acesse meu blog e deixe um recado la
wwwgordurinhaneto.blogspot.com

 
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