sábado, 2 de dezembro de 2006

Sem diploma, mas “podendo exercer atividades civis.”

Recebi correspondência da UFES, remetida pelo Professor Alain P. C. H. Herscovici, oferecendo um curso latu-sensu “inédito”.

O Curso de Especialização em Economia para Jornalistas e Comunicadores Institucionais.

Aguardo resposta de e-mail que transmiti há pouco e no qual manifestei interesse em participar do curso e informei a respeito da minha situação - jornalista profissional, mas sem diploma.

Isso, diante da exigência, para inscrição no curso, de apresentação de “diploma em curso superior de graduação, devidamente registrado (frente e verso), cópia autenticada do currículo escolar de graduação” além de outros brincos.

Para que pedem uma Certidão de Nascimento (!) ou de Casamento (!!!), além de uma Carteira de Identidade?

Bem. Para a tal inscrição são ainda exigidos outros itens, como “comprovante de quitação de serviço militar, quando couber”.

Aí, eu cube. Ou cabí. Ou eu consegui ficar cabido. Não sei.

O fato é que nesse item documental castrense, acho que estou bem.

Quando recebi, aos 18 anos, meu Certificado de Dispensa de Incorporação, vi quanto o exército pode ser benevolente, pois colocou no documento a observação:

“Dispensado por insuficiência física (sempre digo, ser baixinho tem suas vantagens) podendo exercer atividades civis”.

Dispensado da incorporação, se o exército não documentasse que eu poderia “exercer atividades civis”, puxa vida, nem jornalista sem diploma eu conseguiria ser.

E ainda falam mal da ditadura.

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