terça-feira, 18 de dezembro de 2007

TV Brasil e DEM, nada a ver.

“Manuela D'Ávila: Quem tem medo da TV Brasil?

Em discurso realizado esta semana na Câmara, a deputada Manuela D'Ávila (PCdoB-RS) comentou as ações protocoladas por partidos políticos na Justiça contra a criação da TV Brasil.

A deputada Manuela D'Ávila Manuela centra suas críticas àqueles que procuram detonar a nova emissora. ''Ouvi aqui, diversos discursos acusando a iniciativa do governo Lula de se criar uma TV chapa-branca. Mas todos estes ataques caem por terra quando conversamos com a nova presidente da TV, jornalista Tereza Cruvinel'', diz a deputada.

Manuela comentou também em seu discurso a tentativa que o ex-PFL (DEM) fez no início do mês (3 de dezembro) para derrubar a Medida Provisória que criava a TV Brasil.

O DEM é apoiado pelos grandes grupos privados de comunicação brasileiros, que não se conformam com a aparição de uma alternativa de televisão para o público brasileiro, insatisfeito com os padrões atuais da TV comercial.

''O que teme este partido [DEM] e os ácidos críticos à nova TV é que ela seja um instrumento da sociedade. A mesma insegurança que move setores da mídia contra o governo Lula, não pelos seus atos administrativos mas pela sua origem popular'' lembrou Manuela.

Os partidos apoiados por essa mídia não atacam a TV Cultura, por exemplo, por ela ser sustentada pelo governo do Estado de São Paulo, feudo do PSDB há mais de 12 anos. A TV Cultura foi constituída em moldes muito semelhantes aos da TV Brasil.

''O que teme este partido e os ácidos críticos à nova TV é que ela seja um instrumento da sociedade. A mesma insegurança que move setores da mídia contra o governo Lula, não pelos seus atos administrativos mas pela sua origem popular. Senhor presidente, senhoras e senhores deputados, eu pergunto quem tem medo da TV Brasil?'', pergunta Manuela.

Em seguida, a deputada comunista aponta os setores que pretendem derrubar a TV pública, afirmando que são ''os mesmos setores que tem medo do nosso povo e da nossa cultura. Segmentos que buscam desesperadamente se sentirem mais cultos e urbanos voltando suas vidas para os exemplos norte-americanos de cultura e consumo. Pessoas que se sentem mais à vontade em Nova York do que no Rio de Janeiro. Estes setores irão descobrir a riqueza da alma e da cultura de nosso país''.

''O surgimento de mais uma rede de televisão, e de natureza pública, pode contribuir para o aumento da diversidade na oferta de oportunidades de informação ao cidadão. Quanto maior a diversidade do sistema de radiodifusão, mais democrático ele se torna, permitindo que a sociedade possa formar seus juízos a partir do acesso a um conjunto variado de mensagens que expressem o pluralismo da própria sociedade'', defende.

Manuela conclui o discurso afirmando que seu mandato e sua atuação política ''serão voltados para o sucesso desta iniciativa, que não é iniciativa de um governo, mas é uma conquista para todo o país."

Fonte: Vermelho- 18/12/07

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