domingo, 8 de junho de 2008

Publicitário enganado no Espírito Santo: liberdade de expressão não é só questão do Conar

O Procon Estadual do Espírito Santo, Ministério Público e Delegacia do Consumidor deflagaram na sexta, 6, ação que provocou a suspensão de campanha para o Dia dos Namorados da C&A.

Sobre essa ação, Takaschi Sugui, presidente do Sindicato das Agências de Propaganda/ES, enunciou, num jus espe,rneandi em A Gazeta, de Vitória (7-6-8).

“Se uma propaganda ofender um consumidor, ele pode recorrer ao Conar. Sem esse caminho, qualquer atitude de proibição é um atentado à liberdade de expressão.”

Não é não, Takaschi, “um atentado à liberdade de expressão” entidades públicas, diferentes do Conar - corporativo, privado - atenderem a denúncias de consumidores que aleguem ofensa de qualquer tipo por alguma propaganda.

Aliás, embora necessário e louvável, o importante trabalho do Conar não tem força de imposição, algo indispensável em certas circunstâncias. E o Conar, óbvio, entre outros textos legais, deve observar para suas recomendações o que determinam a soberana Constituição Brasileira e o Código de Defesa do Consumidor - que é Lei.

Diga aí, Takaschi:
Aqui no Espírito Santo, como é que um consumidor encontra o Conar e faz uma denúncia que provoque IMEDIATAMENTE uma ação disciplinadora, incisiva, por recomendação desse mesmo Conar?
Você sabe, Takaschi. Isso, na prática, é impossível.

Por fim, liberdade de expressão, esse direito inalienável, remete a uma citação legal de Millôr Fernandes:

- Todo brasileiro tem o sagrado direito de torcer pelo Vasco na arquibancada do Flamengo.

Entendeu, Taka?

4 comentários:

Chicoflores disse...

Disse-o com muita propriedade, nobre colega

Débora Ramos disse...

gostei de ver.

Don Oleari disse...

Cumpanheru Dino Gracio, nunca antes na história deste País uma campanha publicitária fez tanto sucesso ao ser tirada do ar.

Do meu falso modesto ponto de vista
- fruto da minha proverbial falsa modéstia militante - também nunca vi tanta hipocrisia exposta...
Ora, caríssimo padim de blogui, não se trata de falso puritanismo caolho, visto que a televisão aberta escancara cenas calientes de sexo, diálogos explícitos, beijo de língua, sujeitos e sujeitas pelados iuiscambau a quatro?

Sei não...Não seria mais nocivo vereador garfá a grana dos assessores, deputado comandar quadrilha pra garfá o dos trabalhadores no nepeésse, além de deputado montar uma sociedade anônima pra rachar a grana de financiamentos do BNDES?
Sei lá...como num intendu nada disso, recolho-me à minha insignificância...
Eu voto no Takashi e no Massaro...
SDS (isso daí quer dizer "saudações", aprendemos isturdia naquela CPI (cartão porcorativo intencional).Do Oleari.

Dino Gracio disse...

Oleari:
Está publicado seu comentário. Liberdade de expressão É ISSO.

 
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