quarta-feira, 11 de julho de 2007

O Brasil, a China, corrupção e a bala na nuca

Segunda, 9, Zheng Xiaoyu, um funcionário público, foi executado na China.
Zeng foi condenado à paz celestial por aceitar propinas em troca da aprovação de licenças a novos remédios.
Não sei como Zheng morreu, mas é costume chinês a execução com um só e certeiro tiro na nuca. Depois, o governo cobra o preço da bala à família do executado.
Isso é filosofia oriental.

Na terça, 10, o Banco Mundial-Bird divulgou estudo com conclusão que "o controle da corrupção no Brasil atingiu em 2006 o seu pior patamar em dez anos."

Se corruptos servidores públicos e políticos brasileiros, por acaso, pudessem ser condenados á morte, como na China, não ia dar certo.

Alguém ligaria para alguém - a Globo divulgaria as gravações no Jornal Nacional, claro - aí alguém falaria com alguém que isso é coisa da oposição e alguém defenderia o acusado que acusaria outras figuras aí a mulher de um dos caras posaria nua para a Playboy e por aí iria a coisa.

Mas, vamos supor que o corrupto brasileiro fosse mesmo condenado à morte.
O mais provável é que o carrasco fosse corrompido, o acusado morreria de mentirinha e depois, com identidade falsa, iria morar em Miami.

Então, quando o governo mandasse a conta da bala para a família, essa família não pagaria com a alegação que a bala, vejam só, teria sido fabricada na China e era de baixa qualidade.

Depois essa mesma família apareceria no Fantástico e no Jô e daria entrevista para dizer que pena de morta no Brasil é um negócio da China.
Haja nuca.

Nenhum comentário:

 
Site Meter