quinta-feira, 3 de julho de 2008

Soletrando co-tas

Psicoestresia – algo como “sensação de frio” - é o que me dá quando leio sobre cotas para o ensino e o Soletrando.

Pois, do jeito estão a cotar, não será espanto se, para ingressar numa universidade pública, o candidato baste comprovar que participou do Soletrando.
Claro, não será necessário que o aspirante a cursar nível superior tenha vencido o programa.

Seria demais. Imagine exigir de um jovem que saiba soletrar, direitinho, palavras como apoplexia, insosso, displicência e até psicroestesia.

Aliás, ao soletrar corretamente termos assim, Eder Coimbra, 16 anos, venceu o último Soletrando do Caldeirão do Huck, basilar atração educativa da Rede Globo.
O garoto ganhou 100 mil paus - com isso, eu, nunca mais estudaria - e, de quebra, levou uma réplica do fardão da Academia Brasileira de Letras.

Ao estilo do cotista espírito de democratização do ensino, acho até que, após ganhar do letrado Huck uma réplica de fardão dessas, jovens não precisem frequentar uma universidade para receber seu canudo de papel.

Bastará, vestido com o fardão, a pessoinha soletrar “anta” - não precisa acertar - para o reitor da instituição que escolher e receber, imediatamente, um diploma de nível superior.

Ca-ce-te!

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