Com a vitória de Fernando Lugo no Paraguai, sai – sai mesmo? – do poder que ocupou por 61 anos (!!!!!!!) o rançoso Partido Colorado, um bolo que leva coisas semelhantes à UDN/Arena/PFL>DEM e outros ingredientes pouco recomendáveis.
E lá vem o Paraguai querendo mexer nos acordos entre esse país e o Brasil. Começou com a questão “Usina de Itaipu”, o que terá muita água pra correr.
Pois esses dias, com muita freqüência, estou a lembrar a definitiva frase de Millôr “A história do Brasil não é a mesma no Paraguai.”
A frase remete, óbvio, à Guerra do Paraguai (1864 - 1870).
O Paraguai, sem analfabetos, à época, era presidido por Francisco Solano López, um homem preparado, inteligente, não caudilho, que queria seu país independente, evoluído social e econômicamente. Entre outros fatores, isso contrariava muuuuitos interesses ingleses que estimularam e bancaram a guerra que uniu os metralhas Brasil, Argentina e Uruguai – a Tríplice Aliança - contra o país paraguaio.
Pagamos por essa aliança podre até hoje, de várias formas.
Aquela guerra teve episódios como a Batalha de Acosta Ñu, em 16 de agosto de 1869. Foi quando uns 3500 meninos paraguaios, com idades entre nove e quinze anos combateram contra 20.000 soldados brasileiros. Que, óbvio, venceram a batalha.
Para encerrar “limpeza” aquela coisa, o bravo Conde D'Eu mandou tocar fogo nos locais onde buscavam abrigo e morreram queimadas as últimas apavoradas crianças combatentes paraguaias.
Brasil, Argentina e Uruguai cuidaram de dizimar praticamente toda a população (foram mortos cerca de 76% do povo paraguaio) e a economia paraguaia e o país virou, até hoje, um enxovalhado e mal cuidado quintal latino-americano.
O Paraguai, agora, parece, vai querer, com um presidente eleito pelo voto popular, refazer certas contas.
Uma boa “calculadora científica’ poderá ajudar.
Post com informações do livro “Genocídio Americano - A Guerra do Paraguai”, de Julio José Chiavenatto.
terça-feira, 22 de abril de 2008
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Um comentário:
Le felicito por su punto de vista justo y en contra de la corriente de su gobierno.
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